ESCURIDÃO
O SILÊNCIO DA ESCURIDÃO
Eu estava ali n praça olhando o movimento e tu pensavas q ele não estava olhando, mas estava.
Ele andava entre os bancos falando sozinho, E riamos daquele jeito meio maluco. Vos sabeis que de nada adiantou ficarmos ali rindo, Pois eles chegaram em seus carros Preto e Branco e nos levaram para o Dops.
Eu naquela época tinha menos de vinte anos. Lembras como era grande o meu cabelo?
Já ele não, tinha entrada p careca, Não ligavamos p nada queríamos apenas fumar e beber.
Vos lembreis quando fui preso na zona boêmia?
Eles me algemaram com as mãos p baixo da perna.
Pensavas q fora ele que entregou me quando briguei com vos, mas Nos nos entendemos e fizemos uma uma grande manifestação na Praça sete.
Eles fizeram uma linha com escudos e cassetetes n meio da rua Guaigurus.
Fui o primeiro a jogar a pedra quando me censurastes.
Ele porém ficou de longe olhando.
Nos gritavamos palavras de de ordem. Vos não sabeis, mas eles tinham tentado comprar me para o lado deles. Resisti e puseram me no pau de arara.
Bem que avisastes a ele que não iria delatarvos e que iriamos resistir.
Vos fostes verdadeiramente guerreiros contra eles e nos saímos e eu com semblante de menino vi tu a
Brilhares em meio aos uivos dos mutantes.
Ele aqueceu Jerusa com seu jeito superior.
Nós rasgavamos em açoites nossos corpos e quando vós cheia de desejo por eles q voavam entre as nuvens latejantes em seus bacanais sideral.
Eu nada combati com a tua espada que deslizara sobre
Ele e Jerusa que de mãos dadas padeceram no tapete verde da praça.
Vaguei pelas ruas e vielas
e tu ao derredor de face de neve deu me sinais de fraqueza e sinais de dor.
Ele revoltou se contra o Homem que chorava e
nós gritavamos de pavor ao ouvir todas as vozes na Praça.
Vós escuteis o som das algemas badalando umas contra outras como sino n Catedral e eles Limpavam as chaminés com vossas lagrimas e as Igrejas estavam todas atormentadas.
Eu, pobre Soldado que persistia escorreguei no sangue dos Palhaços que sustentavam a lona do circo.
Mas nas ruas tu ouvias a jovem Prostituta em seu falatorio e tristes ais.
Ele insultava os reatores de cor rosa e sim, a rosa cinza do sol nascente que implodiram. Tu que estavas doente nada viu que ele, verme que voava invisivelmente pelo vento uivava. Nós levavamos no
escuro a dor muda que ruia dentro de vós.
Eles porem nada disseram, apenas nos guiavam pela estrada dos mortos no silêncio da escuridão.R.p