Não adianta chorar...BVIW
Tarde fria, chuvosa, barulho dos pingos no telhado de zinco. Marisa não conseguia se concentrar no que estava fazendo. A chuva lhe trouxe lembranças e estas não eram boas. Mesmo se esforçando para enfrentar de novo a vida, não podia aceitar a morte do companheiro de tantos anos. Para os que amam animais, será fácil imaginar a dor de perdê-los. Jurou nunca mais ter um cão! Nito chegou na vida dela sem querer. Foi na rua que ela o encontrou, faminto, mancando, e com aquele olhar suplicante que amolece qualquer coração, até de pedra. Levou-o para casa, depois ao veterinário e assim já fazia parte da família. As travessuras que ele aprontou foram muitas, mas as festas que fazia para demonstrar sua gratidão superava todos as artes de destruição.
Companheiro de todas as horas, secava suas lágrimas com lambidas, gemia quando ela se mostrava triste, chamava atenção para si e se exibia com as gracinhas que ela lhe ensinara. Andava nas duas patas, pulava suas pernas esticadas no pufe, latia para pedir o que comer. Podia ter vivido mais uns dois ou três anos, se não fosse o fatídico dia que o atropelaram...Quando a chuva parou, Marisa ainda estava ali no mesmo lugar esperando alguma coisa acontecer...Foi com um estalo que saiu daquela pasmaceira e resolveu partir para uma nova atitude. Pegou o telefone, ligou para suas amigas, combinou uma noite diferente no barzinho mais badalado da cidade. Curtir fossa não combinava com seu espírito alegre contagiante. Aprendeu a ultrapassar as amarguras da vida. Chorar pelo leite derramado? Nada disso, já foi, já era, agora é levantar a cabeça e seguir com coragem e resignação.
Tema: Abortei a...
Tarde fria, chuvosa, barulho dos pingos no telhado de zinco. Marisa não conseguia se concentrar no que estava fazendo. A chuva lhe trouxe lembranças e estas não eram boas. Mesmo se esforçando para enfrentar de novo a vida, não podia aceitar a morte do companheiro de tantos anos. Para os que amam animais, será fácil imaginar a dor de perdê-los. Jurou nunca mais ter um cão! Nito chegou na vida dela sem querer. Foi na rua que ela o encontrou, faminto, mancando, e com aquele olhar suplicante que amolece qualquer coração, até de pedra. Levou-o para casa, depois ao veterinário e assim já fazia parte da família. As travessuras que ele aprontou foram muitas, mas as festas que fazia para demonstrar sua gratidão superava todos as artes de destruição.
Companheiro de todas as horas, secava suas lágrimas com lambidas, gemia quando ela se mostrava triste, chamava atenção para si e se exibia com as gracinhas que ela lhe ensinara. Andava nas duas patas, pulava suas pernas esticadas no pufe, latia para pedir o que comer. Podia ter vivido mais uns dois ou três anos, se não fosse o fatídico dia que o atropelaram...Quando a chuva parou, Marisa ainda estava ali no mesmo lugar esperando alguma coisa acontecer...Foi com um estalo que saiu daquela pasmaceira e resolveu partir para uma nova atitude. Pegou o telefone, ligou para suas amigas, combinou uma noite diferente no barzinho mais badalado da cidade. Curtir fossa não combinava com seu espírito alegre contagiante. Aprendeu a ultrapassar as amarguras da vida. Chorar pelo leite derramado? Nada disso, já foi, já era, agora é levantar a cabeça e seguir com coragem e resignação.
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