Homenagem ao pessoal da cozinha e refeitório
Conto. 17/01/21
Carta ao pessoal da cozinha e do refeitório.
Primeiramente vos agradeço pelo almoço deste domingo que estava sobremaneira delicioso.
Não direi sobre o cardápio em respeito àqueles que aqui não estiveram.
Começando com o atendimento na rampa de alimentos. A educação e a gentileza foram maiores do que aquelas apresentadas nas novelas de época inglesa.
O que dizer sobre os pratos? Neles continham uma gama de sabores. E estes criaram furações de sensações em minhas humildes papilas gustativas. Uma profusão de sabores. Fiquei emocionado.
A arte tem o poder de tocar os nossos sentimentos e corações através dos cinco sentindos. Mas se tratando do paladar,(não é somente doce ou salgado) é mais difícil ainda agrada-lo se tratando desta arte milenar.
Ao sair do refeitório satisfeito e muito feliz, olhava o céu azul emocionado por viver tamanha experiência saborosa.
E então, eis que me deparo no caminho com um calango ou lagarto como assim prefere alguém chamá-lo. O dito cujo, que por sinal era magricela, olhava-me com um tanto de deboche. Parei e encarei-o com perguntas no olhar. O mesmo atreveu-se a rir de mim, o galhofa. E em seu olhar ele dizia:
"Que sujeito bobo! Até parece que nunca comeu algo tão delicioso".
No que fitei-o e disse-lhe:
"Deixa de ser bobo, você. Seu lagarto magrelo e zoiudo. Você está é com inveja da minha bem aventurança.
E ele retrucou de logo.
"Além de feio é bobo, o cara."
E não é que o calango além de me responder, deu-me língua? Quando senti suas palavras rapidamente lhe apliquei uma rasteira. Mas o malandro pulou de lado. Errei-lhe e acabei escorregando. Quando me voltei ele se acabava em gargalhadas. Pus me de pé rapidamente mas o finura já subia o pé de jamelão debochadamente como se me dissesse:
"você não me pega/ você não me pega/ nariz de meleca".
No que eu respondi sua cantoria:
" A inveja mata seu zoido"