Soninha toda pura parte dois.
Antes de conhecer o primeiro namorado Soninha achava estranho o entusiasmo com que as outras meninas falavam de meninos e namoro. Todas planejavam casar-se e ter filhos, algo que ela sequer pensava.
Assim ela continuou sendo alvo de olhares de quase todos os meninos da cidade além de alguns homens mais velhos, olhares que ela quando percebia não valorizava nada.
A adolescente ainda não tinha despertado em nada sua sexualidade, menos ainda o desejo de namorar.
O negócio de Soninha era estudar muito e fazer a faculdade na sequência.
Mas qual, num casamento a que fora, tornou-se acessível a um jovem que dela se aproximou e aproveitou-se da sua inocência para começar um cortejo muito bem feito, fruto da sua experiência como um homem mais velho, nem tanto, mas para ela assim parecia.
No tumulto de uma adolescência conturbada, em conflitos com a mãe e padrasto, ela julgou encontrar nele alguém que poderia ser a salvação da tirania doméstica normal naqueles dias.
As meninas eram praticamente jogadas para casamentos precoces, assim foi com todas as amigas de Soninha, assim ela foi também sem entender muito o que acontecia, se sentindo muito feia naquele longo branco, quando tudo que queria era a velha calça jeans desbotada.
Todavia o casamento se consumou com tudo o que isto significava, situação bem traumática para Soninha, que do nada tinha um estranho na sua cama, pois casou virgem, o que não se deu com todas as amigas, mas talvez a maioria.
Com o passar do tempo ela e o marido eram bons amigos e se divertiam, e brincavam juntos.
Mas com o tempo também o temperamento autoritário dele se revelou, e não tinham mais as brincadeiras, nem ela conseguiu despertar como mulher.
O pedido de separação veio inevitável da parte dela.
Foi quando Soninha resolveu recuperar o tempo perdido.
Já livre do jugo materno e do marido, não pensou duas vezes e resolveu praticar o que considerava seu de direito, o sexo com prazer, até então desconhecido.
A sociedade não entendia assim, na flor da idade deveria ficar recolhida em casa.
Ela deu o seu grito de liberdade, agora ninguém mandava mais nela.
Começou a namorar, e no contexto da época foi o suficiente para ficar “mal falada”, logo ela, que só queria ser feliz e usufruir do seu corpo como bem entendesse.
Sem tomar conhecimento do movimento feminista que acontecia no mundo, Soninha fez seu movimento particular, foi pioneira e fez com que outras depois tivessem a mesma coragem.
Apaixonou-se verdadeiramente duas vezes, relacionamentos tumultuados que não deram certo, até que voltou ao celibato voluntário muito cedo, e assim permaneceu pelo resto da vida.
Parece que afinal este negócio de relacionamentos amorosos não era seu destino.
Sem marido, namorados, com a faculdade perdida, Soninha seguiu pela vida com o olhar perdido no horizonte esperando alguma coisa que nunca descobriu o que era.
Antes de conhecer o primeiro namorado Soninha achava estranho o entusiasmo com que as outras meninas falavam de meninos e namoro. Todas planejavam casar-se e ter filhos, algo que ela sequer pensava.
Assim ela continuou sendo alvo de olhares de quase todos os meninos da cidade além de alguns homens mais velhos, olhares que ela quando percebia não valorizava nada.
A adolescente ainda não tinha despertado em nada sua sexualidade, menos ainda o desejo de namorar.
O negócio de Soninha era estudar muito e fazer a faculdade na sequência.
Mas qual, num casamento a que fora, tornou-se acessível a um jovem que dela se aproximou e aproveitou-se da sua inocência para começar um cortejo muito bem feito, fruto da sua experiência como um homem mais velho, nem tanto, mas para ela assim parecia.
No tumulto de uma adolescência conturbada, em conflitos com a mãe e padrasto, ela julgou encontrar nele alguém que poderia ser a salvação da tirania doméstica normal naqueles dias.
As meninas eram praticamente jogadas para casamentos precoces, assim foi com todas as amigas de Soninha, assim ela foi também sem entender muito o que acontecia, se sentindo muito feia naquele longo branco, quando tudo que queria era a velha calça jeans desbotada.
Todavia o casamento se consumou com tudo o que isto significava, situação bem traumática para Soninha, que do nada tinha um estranho na sua cama, pois casou virgem, o que não se deu com todas as amigas, mas talvez a maioria.
Com o passar do tempo ela e o marido eram bons amigos e se divertiam, e brincavam juntos.
Mas com o tempo também o temperamento autoritário dele se revelou, e não tinham mais as brincadeiras, nem ela conseguiu despertar como mulher.
O pedido de separação veio inevitável da parte dela.
Foi quando Soninha resolveu recuperar o tempo perdido.
Já livre do jugo materno e do marido, não pensou duas vezes e resolveu praticar o que considerava seu de direito, o sexo com prazer, até então desconhecido.
A sociedade não entendia assim, na flor da idade deveria ficar recolhida em casa.
Ela deu o seu grito de liberdade, agora ninguém mandava mais nela.
Começou a namorar, e no contexto da época foi o suficiente para ficar “mal falada”, logo ela, que só queria ser feliz e usufruir do seu corpo como bem entendesse.
Sem tomar conhecimento do movimento feminista que acontecia no mundo, Soninha fez seu movimento particular, foi pioneira e fez com que outras depois tivessem a mesma coragem.
Apaixonou-se verdadeiramente duas vezes, relacionamentos tumultuados que não deram certo, até que voltou ao celibato voluntário muito cedo, e assim permaneceu pelo resto da vida.
Parece que afinal este negócio de relacionamentos amorosos não era seu destino.
Sem marido, namorados, com a faculdade perdida, Soninha seguiu pela vida com o olhar perdido no horizonte esperando alguma coisa que nunca descobriu o que era.