Obrigado, meus Filhos!
10.10.2018
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Os vi nascer, pequenos e indefesos os peguei, os acariciei; a vida ali a começar.
Os amei de pronto. Meus filhos!
Os vi acordar sem nada saber ou entender, apenas a descobrir, sem medo!
Os vi me reconhecer, olhar de paixão e alegria, sorriso franco de amor puro, singelo que me fez de emoção chorar!
Os vi começar a engatinhar, a tudo pegar, morder, chorar de dentes a nascer, percebendo que a dor os acompanhará como a alegria, sempre lado a lado.
Os vi em pé ficar, andar de "cambalhoar", de cair e levantar, de se rir de si pelo se descobrir!
Os vi chorar de fome, de dor e de susto, de insegurança, o medo a se manifestar.
Os vi crescer, moleque ficar, de traquinar e se machucar, de se alegrar com os desafios e conquistas, chorar com as perdas, não as aceitar, mas que os fez aprender que perder faz parte da vitória.
Os vi adolescer, independentes ficar e protestar, me contestar e enfrentar, com suas ideias a realizar!
Ah jovens! A energia, a determinação e alegria, sem nada temer, ilusões e romances a experimentar, o mundo a desafiar, até a morte que a eles não acontecerá!
Os vi homens já, com seus caminhos de pedras a enfrentar e superar, convictos de suas condições e paixão para realizar.
Os vi ajudar nas minhas dificuldades, deficiências, tristezas e o seu amor com esse gesto, muito maior que o meu, que me sensibilizou e confortou!
Os vejo agora a casar, com suas musas queridas e amadas, novas filhas que se juntam à família, que logo terão seus filhos, meus netos serão, e também, os verão do broto à flor, como os vi e agora descrevo.
Sou feliz e recompensado de ter assistido e acompanhado a história de suas vidas até hoje; espero ver a sua continuidade, convicto de que algo deixei, mas que recebi também: o amor maior de filhos!
Obrigado, meus Filhos!