ELA. (Fatos reais) .

Eu simplesmente mantive meu olhar sobre ela e de longe ela percebeu. A vontade que eu tinha era de ir até lá e beijar, sentir o cheiro que aquela pele clara devia ter, mas ali não era lugar e também, como descobri instantes depois, o cara ao lado dela era seu noivo.

Teve momentos antes quando tentei aproximação e ela foi bem simpática, claro que nem passou pela minha cabeça que isso significara alguma coisa. Havia um bebedor e eu lhe sedi a vez, mas ela foi mais decidida e deixou que eu tomasse água primeiro. Será que eu devia ter enchido o copo e ter entregue pra ela? Não pensei nisso naquele momento.

Por fim, calculei quanto que valia um toque no rosto e descobri que ela era noiva do cara. Ok, tudo bem, também não sou desses que gosta de ficar furando o olho dos outros, mesmo sendo um desconhecido, mas a resposta que ela me respondera com o olhar tinha me deixado...motivado, mas parei. Não quero problemas pro meu lado. Quem quer ter no seu pé um cara ciumento? Preferi ficar na minha.

Pensando hoje, acho que exagerei em até mesmo deixar de cumprimentar ela. Mas como eu disse, não queria qualquer motivo pra me incomodar. Mas a verdade é que eu desejava aquela mulher. Ficava reparando nas curvas bem amparadas por calças apertadas, os seios vangloriando-se no decote, a marca suave da calcinha. Acabei trancando um desejo imenso por ela.

Passaram-se meses e ainda nos cruzávamos por que frequentávamos o mesmo lugar. Assim como fiquei na minha, ela fez o mesmo e tudo bem. Teve um tempo atrás que ela me mandou convite para sermos amigos no facebook e eu aceitei, não lembro muito bem, mas acho que naquela mesma semana ela me mandou mensagem falando sobre uma votação que tava rolando de uma competição e pediu que eu votasse. Foi tudo o que falamos.

Com os dias, postagens dela falando sobre o amor pelo noivo, dando os parabéns a ele e toda aquela coisa que relacionamento perfeito. Não tive dúvida de que eu tinha feito a escolha certa. Não insistir. Meses se passaram e tudo parecia seguir no mais absoluto TUDO BEM.

Lembro que aquele dia estava quente, muito quente. Aqui em casa temos um cachorro fujão. Se ele se solta a primeira coisa que ele faz é correr pro mundo. Da minha janela eu ouvi um latido conhecido e quando vi, era nosso cão, o Dinho. Fui lá, abri o portão e fiz ele entrar. Tecnicamente ele é do meu irmão, mas sou eu quem mais cuida do animal. Subi com o cachorro e falei sobre a fuga dele pro meu irmão e fui pro banheiro. Saí do banheiro.

Quando eu estava prestes a chegar na porta de saída vi que ele estava acompanhado. Num primeiro momento achei que fosse uma de minhas sobrinhas por conta da altura, mas eu estava redondamente enganado. Era ela.

A primeira coisa que me veio na cabeça foi, PUTA QUE PARIU! Ela também ficou surpresa em me ver lá. Eu fiquei completamente perdido. Foi uma tarde fora do normal, mas no final, meu irmão me explicou dizendo que ela havia se separado do cara e eles estavam juntos. PUTA QUE PARIU! E que ela iria morar com a gente. PUTA-QUE-PA-RI-U! Tarde fora do normal que eu disse? Não. Foi uma tarde do cacete.

Hoje, acho que foi uma lição do mundo. Algo do tipo, não desista, ou não seja só cavalheiro quando estiver querendo pegar uma mulher, ou sei lá. O problema hoje em dia é ter que cruzar todo o santo dia com a mulher que mexe comigo, mas virou mulher do meu irmão. Conviver com tesão da minha cunhada.

dosantosmarcos
Enviado por dosantosmarcos em 01/12/2020
Reeditado em 02/12/2020
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