A Palmeira da Piscina
20.04.2018
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É esbelta, alta e imponente em seu porte. Única! Esguia e delicada, sempre a observar a todos e a tudo o que ocorre a sua volta. Ali está todos esses anos, crescera, e agora adulta aprecia a vida acontecendo como sentinela dos tempos.
No verão, apinham-se ao seu redor as pessoas, sentadas ou estiradas tomando sol, as crianças a se deliciar na água ao seu pé. Fica alegre.
No inverno, sozinha, recolhida e exposta ao vento frio, perde suas folhas e menos exuberante fica. Entristece-se.
Está envelhecendo a palmeira da piscina do seu clube.
Sempre quando vai nadar, a vê com sua cabeleira característica, esvoaçante e longa de folhas que chacoalham com seu som peculiar ao bater do vento.
Ela nota-o como a vários outros frequentadores, mas pela forma como o recebe, ele sabe que ela tem um carinho especial por ele. Sente esta diferenciação e lisonja da parte dela, como ela para ele. Houve ocasião em que fez com que caíssem aos seus pés alguns "coquinhos" - sua fruta que alimenta o bando de maritacas sempre barulhentas que vem ali para isso. Ela o cumprimentou assim.
Acompanhou seus filhos crescerem, pois ele os levava desde pequenos para nadar junto dela, como ela também crescera junto com eles. Uma simbiose perfeita.
Agora só ele a encontra, não tão frequentemente quanto antes, mora fora da cidade, mas quando a vê dominando a paisagem, isolada e imponente, lhe sorri e cai na água para nadar, com sua visão, que lhe acalma, pois está ali como sua guardiã.
É bela a palmeira da piscina do seu clube. A sua palmeira
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