“O menino e o mar”
12/10/2020
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Olhava o mar extasiado e empolgado. Sorria de felicidade.
Estava nele com a agua até a cintura e tentava abraça-lo a cada onda que vinha lamber o seu pequeno corpo. A espuma alva e densa o envolvia aconchegante.
O menino olhava maravilhado, a grandeza e força que se apresentava à sua frente. Colossal a visão do azul ao infinito, onde o céu era quase engolido por ele. Como?
Faceiro, percebia que era impossível engolfá-lo com os seus braços frágeis - ele fugia esperto entre os seus dedinhos. Brincavam os dois.
Não entendia como havia esse mundão de agua, que ia e vinha lhe acariciar deliciosamente o corpinho a cada vaga.
Soltava a sua imaginação à procura de saber como podia existir tanta, mas tanta agua assim! Talvez, Deus tenha deixado a torneira da sua casa aberta, inundando tudo. Ah, mas tinha São Pedro, o dono da chuva, e se esqueceu de desligar o botão de parar de chover, criando o mar. Quem foi?
Mas, e a vida dentro dele, os peixes, as conchas, as gaivotas que só têm na praia, como é que existe isso tudo?
Seu pai lhe dissera um dia, que a vida começou no mar como um bichinho “piquinininho” que não dava nem para ver, só com aquele negocio de enxergar muito, muito pequeno que os médicos usam. E durante anos e anos foram esses bichinhos mudando, crescendo, virando as conchas, os peixes, depois os jacarés, que saíram da agua para a terra, depois os pássaros e finalmente a gente! Curioso; será?
Então, o mar era a mãe da vida? E quem era o pai?
Seguia absorto com os seus pensamentos, enquanto o mar lhe estimulava a imaginação, percebendo que muitas coisas nesse mundo eram complicadas e sem muita razão ou sentido para ele. O imponente e potente amigo não poderia respondê-las com o seu marulho.
O menino e o mar seguiam a sua conversa surda, e intima de segredos, como devem ser dois bons amigos.
22/11/2019
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No final da escadaria, saindo da estação do metrô, encontrei uma moça distribuindo um jornalzinho grátis. Ao pegá-lo vejo que a matéria da capa diz: "Pão de queijo".
Sempre tive curiosidade para saber a sua origem, pois é um item nacional encontrado em qualquer lugar do país. Fui consultar a nossa enciclopédia na internet, o santo "Google", e ao digitar "a origem do pão de queijo" aparece uma série de itens, mas seleciono:
-Como surgiu o Pão de Queijo Mineiro?
Pão de queijo é uma receita típica brasileira, do estado de Minas Gerais. A sua origem é incerta, especula-se que a receita exista desde o século XVIII, mas tornou-se efetivamente popular no Brasil a partir da década de 1950.
Alguns países da América Latina possuem pães com receitas semelhantes à do pão de queijo mineiro.
Fonte: Maricota
-Pão de queijo
O pão de queijo é uma iguaria oriunda da América do Sul, muito popular no Brasil. É uma variação da chipa, receita criada pelas missões jesuíticas, com influências indígena e europeia, que é típica de países como Paraguai e Argentina. Teria entrado no Brasil por volta da década de 1860.
Os primeiros registros do pão de queijo brasileiro são da década de 1950. Nos anos de 1960 a receita foi disseminada pela cozinheira e empresária mineira Arthêmia Chaves Carneiro, que vendia a iguaria em diversos restaurantes do estado de São Paulo.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Assim, a origem não parece ser efetivamente mineira, mas dos jesuítas que o elaboraram usando os ingredientes dos indígenas, a mandioca, tipicamente brasileira - também quis saber se era originaria do Brasil e a Wikipédia confirmou: Trata-se de um arbusto que teria tido sua origem mais remota no oeste do Brasil (sudoeste da Amazônia) e que, antes da chegada dos europeus à América, já estaria disseminado, como cultivo alimentar, até a Mesoamérica (Guatemala, México).
Definitivamente não é mineiro e nem brasileiro o Pão de Queijo. Não importa, é como se fosse. Brasileiríssimo!
Minha dúvida ficou até certo ponto respondida, e para os mineiros a quem perguntei responderam: "é diMinas, uai! ". Disseminaram-no, são considerados seus precursores, portanto.
É unanimidade nacional, eu adoro, e neste jornal há receitas de como fazê-lo.
Farei agora com conhecimento de causa e espero que fique bom. Mas cá entre nós, é melhor comprarmos os pacotes congelados, colocá-los no forno para assar, mais rápido e prático. Comprei um e quando assado deixou um cheiro irresistível. São ótimos!
Venda do meu livro *VIM, VI E GOSTEI* :
MAGAZINE LUIZA (físico)
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