Desventuras de Um Técnico - Temporada 2017 - Epílogo - Céu e Inferno

Depois de uma temporada tão desgastante como esta, resolvi fazer uma viagem de lua-de-mel atrasada com Lúcia e levamos junto João Marcos.

Já estava com seis meses de idade e uma coisa que gostava era de brincar com a bolinha de futebol dada pelos jogadores do Caxias.

Ficamos pasmos com a coordenação motora dele ao mexer na bolinha. Era como se tivesse nascido pra isso.

Entre um passeio e outro, fiquei lembrando das palavras do meu pai a respeito de viver céu e inferno a todo momento na carreira de técnico e a temporada de 2017 confirmou esta teoria.

Cheguei a minha primeira final como técnico e fui demitido do Caxias pouco depois.

Fui para o Oeste e fiz um bom trabalho lá sendo um dos responsáveis pelo acesso a Série B sendo reintegrado ao Caxias tentando salvá-lo da queda a Série C.

Embora não tenha conseguido, ganhei ainda mais o carinho da torcida e espero retribuir com uma temporada vitoriosa em 2018.

Assim que voltamos ao hotel, recebi um telefonema vindo de Carlos me contando que Baltazar havia nascido poucas horas antes e que o parto foi tranquilo.

Como se já não bastasse ser pai, agora também sou tio.

E as surpresas não pararam aí.

Luís mandou uma mensagem de voz no meu celular dizendo que Violeta estava grávida de 5 meses e é também um garoto que se chamará Patrício.

Liguei ao meu pai pra contar de tudo isso e ele ficou feliz ao saber que terá não um, mas três netos pra poder curtir.

Bem, eu sou uma daquelas pessoas que acredito em destinos traçados e creio que eles seguirão nossos passos em um determinado momento da vida.

O destino de ser técnico e encarar todas as desventuras que isso traz.

Quanto a mim, só poderei resumir os desafios da próxima temporada em apenas uma palavra.

Reconstrução.

FIM da Temporada 2017.

MarioGayer
Enviado por MarioGayer em 09/10/2020
Código do texto: T7083431
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