“Vida longa ao Rei!”

03/11/2019

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"Pelé completa hoje 79 anos. Nossas homenagens ao eterno "rei do futebol". Pena que agora está com sua mobilidade prejudicada, em cadeira de rodas por problemas na coluna. Mas quem é rei nunca perde a majestade! " - escuto no rádio do celular.

Foi meu ídolo na época de menino e o é até hoje. Comecei a jogar bola, futebol, por sua causa, tentando imitá-lo e virei torcedor do time do Santos, seu clube, por este fato. Ídolos são eternos, nunca morrem, viram mitos. Ele já é há muito tempo.

No tempo do meu começo de "jogador de futebol", escutava os jogos à noite, pelo rádio, junto com o caseiro. Ele, o "Gigio", palmeirense "roxo", era marido da Dona Angelina - os queridos que cuidavam da nossa casa, naquele tempo tínhamos essas facilidades.

Era mais romântico e imaginativo ouvir o jogo com a rapidez do falar do locutor, narrando quase sempre um pouco atrasado do que acontecia. Ao ouvir a descrição de suas jogadas, meu imaginário se elevava, e ao ouvir o grito comprido de "gooooolllllll" do Fiore Gigliote, locutor famoso das partidas de futebol no rádio, sentia como se eu o tivesse marcado. Ídolos são como deuses, nos inebriam.

Depois, adolescente, fui vê-lo nos campos, estádios do Pacaembu, Morumbi em jogos memoráveis, em que sua habilidade, explosão e inteligência eram superiores a qualquer um dos mortais simples jogadores. Divino mesmo! Não tinha quem "sombreasse" sua majestade, Garrincha talvez, Zico começando, grandes também, mas não se comparavam a ele. Não!

O futebol naquela época era diferente, cadenciado, as jogadas pareciam em câmera lenta, um espetáculo de técnica e habilidade. Um balé de criatividade! Nada como hoje, em que as táticas, força muscular e toda a tecnologia empregada, faz com que seja uma correria danada atrás da bola.

Permaneceu quase a vida toda em seu clube de origem, o Santos, mudando, somente quando estava praticamente aposentado, indo divulgar o futebol nos Estados Unidos, pelo time do Cosmos, não como fazem os jogadores hoje, vão para um clube, depois para outro e outro, tudo em função da ganância financeira. Naquela época, o "beijo no escudo" da equipe na camisa era sincero e real.

Teve muitas glórias e conquistas no esporte, campeonatos mundiais, o milésimo gol (que assisti pela TV em preto em branco), depois a copa de 70, tricampeão, (que assisti já em cores), no máximo do seu auge como atleta.

Ídolos não deveriam envelhecer!

Vida longa ao Rei!

Obrigado Pelé!

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Fernando Ceravolo
Enviado por Fernando Ceravolo em 07/10/2020
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