WALDIRENA E O COVID 19.- LIA DE SÁ LEITÃO =17/09/2020

Domingo. Dia de preguiça. Sabem aquele dia que o Sol esta vivo mas existe uma névoa que impede o calor chegar ao topo da cumeeira da casa?

Uma luminosidade opaca só pra lembrar o céu azulzinho. A rua, até as moscas se esconderam desse Corona. Nada! Nada além do vento e o corredor da brisa praieira parecia um ventilador espalhando um ar frio. Olinda parecia uma cidade desocupada. Vesti a máscara e fui ao terraço olhar o mundo por um quadrado. Já estava cansada das noticias televisivas assustando a alma. Lave as mãos! Covide mata! Use álcool em gel! Covide mata! e Mata mesmo. Hoje assisto os jornais que dizem, estacionou o Covide em tais e tais Estados, mas o numero dos mortos não caem pra zero sempre em mil e danou-se o mentira dos números.

Naquele dia, eu ali olhando o nada estampados nos muros. Inclusive de um asilo na esquina oposta. O que se pensa de um paredão de mais de dois metros? Nada ou tudo? Bom, era pensar no vazio mesmo. e uma voz da calçada. Menina a quanto tempo? Respondi e sem muito animo questionei tudo na paz? E as novidades? Ela, Waldira, amiga de antigamente da família. Abre a porta mulher pra gente conversar! E eu: nananinanão! Vai pra casa que danado faz a essa hora com sol no pino do juizo?

E ela me fala. fui levar umas máscaras ali no asilo. Costurei, lavei e levei. Eita! que bom. Parabéns pela iniciativa. Abre a porta o mormaço ta enorme. Waldira, vai pra casa que o mormaço esta grande e eu nao vou abrir nada!Aqui a quarentena está restrita ao entregador de água e gás. Nem o Padre entra. Waldirena me fala da grade do muro. Minha filha teve o covide, os netinhos parecem estar com covide. Eu. Waldirena! E tu estás nessa calma? Vai lá no asilo criatura e avisa que na tua casa tem três pessoas adoentadas. ela. Que nada ja passou. e Deus está na frente como escudo. Eu. Waldirena...Waldirena! Essa doença é violenta! Deus dá a Luz ao homem encontrar a cura nas vacinas, mas diz te protege! Ela fez ouvido de mercador e mais uma vez disse vai pra casa. vai se entocar o bicho é feio e está no ar.

Ela dá um tchau magoado e vai. Fiquei magoada mas, diante dos noticiários assombrosos jamais daria chances ao azar.

Um dia depois o celular toca e era o marido da Waldirena pedindo um laudo medico para entregar não sei onde, ele é uber. Neguei. Indiquei as Upas mais próximas, Ele mais uma vez revelou os familiares adoecidos e não se achava entre eles, mas não podia ir na Upa porque podia se infectar, e parar o carro não era possível. Anda pelo celular disse que era melhor ele ir ao ponto certo, afinal era lá quem computava casos e dava laudos, receitas, exames e tudo que fosse conveniente. Mais uma vez ele se nega e diz que tem muita gente doente na fila. Bom, mais uma vez neguei o tal laudo que ele queria. E fui bem sincera. Pandemia não se engana os números. Sete dias depois uma amiga comum liga em meu zap. Olha você sabe que aconteceu? Não! Nosso amigo passou mal foi na Upa, transferido ára o hospital de campanha entubado. Está entre a vida e a morte. Que pesar eu fiquei! Afinal a Santa Ignorancia do povo é maior que a fé. Sofreu...penou os pecados veniais, depois de uma escara, um exerto e maus pedaços de tempo. SOBREVIVEU! AGRADECEU A DEUS E ESTÁ PRA CIMA E PRA BAIXO CONTANDO A HISTÓRIA EM SEU UBER.