CÁSSIO 10 NOVEL IND 17 ANOS
Regina sai para o trabalho, perde o seu circular e decide por chamar um carro de aplicativo.
- Oi.
- Oi.
- Você pode me deixar na rua 15, por favor.
- Vai para a avenida principal?
- Sim.
- Me diz a empresa e te deixo na porta desta.
- Melhor não, horário ruim, engarrafamento, conheço muito bem o lugar.
- Tudo bem.
O carro segue.
- Você trabalha...........
- Escritório, com publicidade.
- Nossa, acredita, quase fiz publicidade, mais tive de optar por direito, talvez por isso não o terminei.
- Sei.
- Me desculpe, ser assim, falador, um grande defeito meu.
- Nada, até que você é interessante, digo, seu assunto.
- Obrigado.
- Acho que chegamos.
- Vou parar ali.
- Por favor.
Regina desce, o motorista lhe dá um cartão, com sorriso.
- Por favor, se puder e quiser, me avalie bem.
- Pode deixar.
- Olhe, este é o meu número, se quiser corrida fora de meu horário é só..........
- Tá, acho que vou te ligar sim, obrigado.
O carro sai e ela segue para o escritório.
Cássio termina a última prova de seu terno para a cerimônia, foram feitos alguns ajustes.
- Nossa, ficou muito bom.
- Obrigado senhor.
Cássio paga o devido ao vendedor e sai com as sacolas, Reinaldo vem até ele e juntos seguem num táxi.
- E o seu carro?
- Levei a mecânica, alguns ruídos e balançeamento, nada de tão drástico.
- Tem de se cuidar, agora tem uma mulher contigo.
- Pois é, sabe, estive pensando, eu nunca me vi casando, sendo realmente o homem e a Regina minha esposa, nunca.
- Por que não a amava o bastante.
- Acho que não, só ficamos, assim fomos seguindo, ela me chamou para a vida dela, melhor, para a casa dela como que se por capricho, nossa relação nunca foi específica, entende?
- Sei, foi mais por piedade.
- Piedade?
- De certa, ela teve dó de você.
- De mim, por quê?
- Oras, você ali, novinho, olhar de cachorro morto, sabe.........
- Será que foi isso?
- O que posso te dizer, amor não foi.
- Então por que ela veio atrás de mim?
- Obsessão, a perda, não ter dito a última palavra, mulher dá muito valor a isso, algumas dão.
- Será?
- Com certeza que sim.
- Sei lá, fiquei sem graça agora.
- Pois não fique, teve seus bons momentos com ela, não teve?
- Acho que sim, coisas de homem, sabe.
- Então agora aproveite, esta conhecendo ou melhor conhece o grande chamado do amor, siga e seja feliz.
- Obrigado, sabe, não imaginava que fosse tão bom nisso, sabe, ser camarada assim.
- Ás vezes, até eu me desconheço.
- Sério, devia ter conversado contigo antes, bem antes.
karen chega da escola, prepara um lanche com pão, tomate, alface, presunto.
- Oi sobrinha.
- Tia, o que faz tão cedo em casa?
- Vim mais cedo, vou terminar o trabalho daqui.
- Que bom.
- O que é isso que tem na mão?
- A, isso, nada.
- Acho que é sim.
- Vou para o meu quarto, tenha um bom fim de trabalho.
- Obrigada.
Regina aproveita a ida de Karen e faz uma ligação, logo se joga no sofá e fica a papear com Pércio, o motorista de aplicativo.
- E ai, tudo bom, tá, certo, vou te esperar, aqui na frente do prédio, ás 8 hein, não demora tá, abração.
No quarto, Karen se joga na cama, ali ela desdobra o papel que trouxera preso as mãos, neste uma cartinha de amor, ela sorri ao le-la.
19072020.........