SOCIALISMO X CAPITALISMO (conto literário ou metáfora moderna)

A pessoa A e a B estavam conversando. A pessoa A defendia o socialismo, a B defendia o capitalismo. Derrepente, vangloriaram-se de um grande exemplo que passou à frente delas.

Estavam travando um grande debate. A pessoa A dizia em voz alta: "o socialismo condena qualquer tipo de desigualdade social!". E que "muitas pessoas estavam na miséria não por culpa delas próprias, mas de um contexto capitalista excludente que existia".

A pessoa B ficou indignada: "como pode uma coisa dessa!" - bradou em alta voz: "Todas as pessoas são naturalmente iguais. Se umas conseguem bens materiais, a propriedade privada, é porque conseguiram vencer na vida, tiveram a sabedoria individual de fazer o jogo capitalista libertário e liberal e, que, portanto, de acordo com seus méritos conseguiram chegar onde estão".

Nesse momento, como que fora marcado por todos os deuses em conjunto, um exemplo metaforicamente lúcido saltou aos olhos. Duas pessoas se aproximavam. A primeira estava conduzindo seu grande e imponente carro de luxo, a outra caminhava vagarosamente com dificuldade. Arrastava umas sandálias com as correias consertadas com um arame enferrujado e vestia umas roupas velhas, sujas e amarrotadas.

A pessoa A olhou fatigada para aquela cena e disse: "Está aí o resultado do capitalismo. Enquanto uns conseguem uma vida de luxo, outros, os explorados ploretariados amargam uma vida de lixo".

A pessoa B respondeu: "está aí o resultado da competência individual de cada ser naturalmente constituído. Enquanto uns conseguem uma vida de luxo, outros vagabundeiam no lixo".

Não surpreendentemente foram-se aos murros.

O motorista do carro de luxo fingiu que nada viu, enquanto o transeunte de roupa velha, suja e amarrotada sorriu.

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