DONA MARIA E A EMPATIA

Dona Maria sempre foi uma boa pessoa: esposa e mãe dedicada, vizinha atenciosa e uma professora querida. O tempo passou e a maturidade a tornou uma mulher mais reservada, com poucas saídas de sua própria casa, demonstrando gostar, cada vez menos, de visitar amigos e parentes. Queria apenas ficar em casa.

Parecia, para ela, ter sido uma escolha equivalente ao de ter optado por tirar férias permanentes de uma vida outrora agitada. Mas, não foi só isso que a fez ficar reclusa. Dona Maria estava, de fato, desencantada com a falta de empatia entre as pessoas, com cada um vivendo somente sua individualidade. E isso lhe doía, já que a sua personalidade não lhe permitia ser insensível com o outro.

Assim, com a chegada da pandemia, dona Maria pode ver pessoas que se apresentavam de uma maneira e, que, infelizmente, mudaram de atitudes. E aí ela pensou: “É a vida! Não só o tempo, mas às circunstâncias promovem mudanças”.
 
Ieda Chaves Freitas
Enviado por Ieda Chaves Freitas em 18/07/2020
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