O doido do baseado
Estava eu sentado no banco do condomínio onde eu moro e observando a minha cachorra cheirando tudo, era uma tarde de inverno de frio e de sol. Resolvi caminhar um pouco e quando cheguei no jardim, um local, mas reservado, aviste um rapaz de boa aparência se aproximando meio desconfiado. Sentei-me no banco e ele me perguntou se eu tinha isqueiro. Eu disse que não tinha e ele agradeceu e voltou pelo mesmo caminho.
Fiquei ali pensando qual seria o fumo da vez. Em pouco menos que cinco minutos, ele retorna com uma caixa de fósforo. Sentou-se próximo a mim e acendeu um baseado. Fiquei observando-o fumando sem nenhum tipo de timidez. Ele então me perguntou se eu morava também no condomínio e se eu gostaria de experimentar. Eu ri e disse que morava no condomínio e que eu não fumava. Ele então se levantou e disse que eu não era digno da sua amizade e partiu. Eu fiquei ali rindo sozinho e pensando como alguém determina a dignidade do outro por negação de um baseado.