CÁSSIO 4 NOVEL IND 17 ANOS
Terminado o expediente, ali em um quiosque lanchonete, Laura e Cássio comem um podrão e bebem refri.
- Esse até que esta bom.
- Olha só, achei uma curiosidade em você, é expert em podrão.
- Mais ou menos isso.
- Como assim?
- Moro por minha conta desde os meus 16 anos.
- Nossa.
- Meus pais faleceram e eu fui morar com uma tia, lá briguei com um filho dela e cá estou.
- Pelo jeito sabe bem lidar com perdas?
- Acho que sim.
- Também perdi os meus pais, hoje vivo com minha tia, diferente da sua, ela não teve filhos, talvez por isso nos trate tão bem, com carinho e severidade, do modo dela, mais bem.
- Com certeza que sim.
- Obrigado.
- Pelo quê?
- Por seu convite, esse lanche, por conversar e........
- Eu acho que estou gostando de você.
- Estranho, eu também.
Ali naquele instante o ato mágico do amor se faz presente e surge um selinho deles.
- Oi gente.
- Fernanda.
- Vamos amiga, já esta dando nosso tempo.
- É, vamos.
Cássio se levanta e cumprimenta Fernanda, Laura se despede e elas saem, ele paga os lanches e refri e sai dali, ao longe as duas entram numa lotação.
- Vamos quero detalhes, o bofe é bom?
- Ele é bem legal.
- Legal, vocês se beijaram?
- Só um selinho.
- O que é isso, virou velha, freira, Hebe Camargo?
- Pare, não quero parecer atirada ou coisas assim.
- Gosta dele?
- Sim.
- Então amiga seja sim atirada e muito mais, afinal ele é gatinho, sabia?
- Boba. Risos.
Regina tenta pela décima vez contato com Cássio, sem sucesso, inicia uma ligação para o telefone de seu apartamento.
- Onde ele está, com certeza esqueceu seu celular, talvez nem pagou a fatura do mês.
Dias depois, Laura e Fernanda mudam para a Kitinet no prédio onde Cássio também mora, eles ficam mais próximos e logo ele começa a freuquentar á noite o quarto de Laura.
Fernanda recebe ligações de alguns rapazes do escritório, mais decide por curtir o romance da amiga por enquanto, afinal sofrera muito nas mãos de um rapaz por 4 anos perdidos em tripla traição.
Pela manhã, Cássio sai da cama deixando Laura a dormir, no banheiro ele urina e revisa o seu celular, mais de 80 chamadas perdidas de Regina.
- E agora?
Ele apaga, verifica a caixa de mensagens e uma montanhas delas vindo de Regina, após apaga-las ele retorna para a cama, abraça Laura com força e carinho.
Regina arruma uma mala, Karen entra ali e observa a tia apressar-se.
- Vai aonde?
- Estou muito preocupada com o Cássio, não tenho noticias dele.
- Acha que ele ja arrumou outra, eu acho que sim, bem provável, afinal você o mandou para a matriz?
- Não foi bem assim.
- Claro que foi, você acha que as pessoas tem de fazer tudo a seu gosto, tomara que não, mais tudo indica que ele ja tem outra, aceite.
- Pare com isso, senão veio me dar apoio então pode sair.
- Acho que vou ficar, não quero perder nenhum detalhe disso.
- Acha mesmo que existe outra?
- Sim.
- Por que ele não me disse, me ligasse então?
- Para quê, só para adiantar o que esta fazendo agora, indo atrás do homem perdido.
- Tem certeza que só tem 14, menina?
- Aprendi tudo que sei com a melhor, você tia.
- Certo, ja me arrependo.
- Bom, agora ja é tarde aprendi muito bem contigo, tia.
- Eu mereço, para ajudar ainda tenho uma sobrinha mimada e mau educada pra caramba.
- Obrigado tia.
- Por favor Karen.
- Vai logo, eu me viro muito bem aqui.
- Vai ficar bem?
- Eu sempre fico.
29062020.............
4
Regina deixa o carro no estacionamento pago próximo a rodoviária, ali ela pega o ônibus rumo a capital, ja na poltrona ela se perde em lembranças junto de Cássio, porém sempre sentindo algo a roer seu peito.
- Será que a Karen tem razão, talvez eu tenha sido rude com ele e.........
Aos poucos ela adormece agarrada a sua bolsa.
Cássio termina de lavar a louça do lanche que fizeram, Fernanda segue para o quarto cochilar, Laura vem por trás dele o agarrando.
- Oi.
- Graças, enfim sós.
- O quê, ela esta no quarto?
- Com certeza já caiu no sono.
- O que tem em mente?
- Isso.
Ele a traz mais para si num beijo que a faz perder o fôlego, logo ali nos braços dele sendo carregada até o sofá da sala, ali roupas são deixadas ao chão e Laura se entrega ao prazer de um casal feliz.
Já são quase 7 da noite quando Fernanda acorda, sai do quarto e entra no banheiro, logo sai e vê a cena, roupas jogadas e o casal nús, sendo em destaque a bunda de Cássio, ela corre até o quarto e retorna com seu celular fazendo algumas fotos, retorna a seu quarto e tempos depois eles acordam.
- Ei, a gente pegou no sono.
- E daí?
- Esqueceu, a Fernanda esta aqui.
- Oras, ela esta dormindo.
- Não, ela ja acordou.
- Será?
- Sim.
Eles se vestem rapidamente e entram no quarto, Laura olha Fernanda a roncar e Cássio beija Laura e sai.
- Onde vai?
- Acho melhor deixar vocês um pouco ai, coisas de meninas.
- Tá, mais volta viu.
- Lógico, te amo.
- Também, te amo muito.
Cássio sai e Laura fecha a porta, retorna para o quarto e liga a luz.
- Pode parar de fingir.
- Eu, o quê?
- Boba, sei que estava acordada, vi você tirar dele viu.
- Bem, não tão dele, mais da bunda dele, amiga. Risos.
- Posso ver?
- Lógico, afinal ela te pertence, em partes. Mais risos.
- Boba.
Laura pega o celular de Fernanda e confere as fotos.
- Sabia que tem jeito para detetive?
- A tá, fui descoberta logo no primeiro caso. Risos.
- Amo ele.
- Eu sei, sabe, fico é muito feliz que tenha arrumado ele e esquecido de vez o louco do Murilo.
- Você sempre torcendo pela minha felicidade.
- Laura, você é como uma irmã para mim, a irmã que não tive.
- Você sempre diz isso, desde que nos conhecemos, lembra?
- Claro eu tinha 11 anos.
- E eu 10, mais ja era bem louquinha.
- Não, você sempre foi sacudida.
- Gosto quando fala assim.
- Sabe que logo vou me mudar?
- Por quê?
- Para dar privacidade a vocês, oras.
- Pare com isso, até nos viu nús.
- Por isso mesmo, não quero me habituar com essas cenas, eu juro. Risos.
- Sabe que por mim você fica, sempre.
- Eu sei, mais é que eu tenho que ter meu canto também, a vida é assim amiga.
- Entendo.
- Tá.
- Vai namorar alguém?
- Não, por enquanto quero me dedicar ao trabalho e sabe, acho que talvez eu possa dar uma chance para o rapaz do almoxarifado.
- Aquele gatinho?
- É, ele é bem bonito né.
- Gato, não tanto quanto o meu, mais é um gato vai. Risos.
- É.
- Boa sorte.
- Obrigada. As duas se abraçam ali, Regina acorda quando o ônibus para num posto de estrada, todos descem para ir ao banheiro e comerem algo no restaurante.
- Oi.
- Sim senhora.
- Vai demorar muito para chegarmos a São Paulo?
- Não, menos de 2 horas, talvez uma e meia.
- Obrigado.
- Vai a trabalho?
- Quase isso.
- Amor?
- Esta na cara?
- A gente que ama, também conhece a outros com esse mesmo sintoma.
- Tomara que eu encontre a cura desse.
- Se for verdadeiro e se for o seu tempo de amar, vai sim, com certeza que vai.
- Mais esse é com certeza que é.
01072020...........