CÁSSIO 1 IND 17 ANOS
OLÁ GENTE, MUITO OBRIGADO POR NOS PRESTIGIAR SEMPRE.
VENHO COM MAIS UMA NOVEL, CÁSSIO, ONDE SE PRETENDE SER UMA COMÉDIA SEM GRANDES EXPECTATIVAS.
BOA LEITURA A TODOS E MUITO OBRIGADO DE TODO O CORAÇÃO.
ESTE TEXTO É DE OBRA FICTICIA, PORTANTO NADA TENDO HAVER COM A REALIDADE E NOMES REAIS.
INDICADO AO PÚBLICO ACIMA DE 17 ANOS.
CÁSSIO
Cássio sai do banho, seca os cabelos ali nú olhando pela janela do décimo andar, o movimento nas ruas.
Já vestido, desliga a cafeteira e se serve de um genuíno café forte matinal.
Passa na banca próxima ao terminal e compra o jornal e uma revista de signos.
Entra no circular rumo a área industrial onde desce perto das indústrias Bomfim, ali papeia por alguns minutos com o porteiro.
Logo ali na sua sala, Cássio começa o trabalho, quando vai a copiadora tropeça nos fios e cai por cima dessas.
- Não acredito.
Cássio ali na frente da gerente, Regina olha para ele lhe apontando a sua sala, alguns colegas de trabalho sorri devido o acidente dele ali.
- Entre.
- Com licença.
- Por que Cássio?
- Me desculpe, eu só fui fazer cópias, sabe, sempre procuro fazer meu trabalho e....
- Por favor Cássio, cale-se, não é a primeira vez que coisas ruins acontecem aliado a sua pessoa.
- Eu vou melhorar.
- Você vai para a capital, matriz.
- Eu?
- Sim, já fora decidido, pode ir para sua casa e arrumar suas coisas.
- Você vai me visitar depois?
- Por favor Cássio.
- Sabe que te amo.
- Vai Cássio.
O homem segue para sua mesa, pega suas coisas e sai em meio a alguns trabalhadores e técnicos a mexer no conserto da copiadora.
No apartamento ele prepara a mala, faz uma refeição e rega as plantas da janela da cozinha.
Toca a campainha e ele abre a porta, ali a sua frente uma morena lhe sorri.
- Oi Cássio.
- Oi Karen.
- Te atrapalho?
- Não.
- E ai.
- Vou me mudar.
- Hoje?
- Não, amanhã.
- Vai morar longe?
- Vou para a capital.
- O quê?
- Sua tia me mandou para lá.
- Vai para a matriz?
- Pois é, acho que sim.
- Vamos jogar um game?
- Umas três partidas.
- Oba.
Ela entra e logo vai ligando o gamer na sala, eles se preparam ali para as jogadas.
Horas depois, eles já jogaram 8 partidas, Regina entra ali e encontra ambos cochilando, tv ligada, pipoca espalhada e um cheiro de suco ali.
Ela segue o cheiro e vê poça deste no sofá e tapete.
- Mais o que é isso?
Os dois acordam, diante deles, uma mulher em fúria que desliga a tv e os faz iniciarem uma faxina, trinta minutos depois, a casa limpa, Regina fizera macarrão, molho, bifes fritos.
- Nossa, tava morrendo de fome tia.
- Sei, também ficam só diante a tv jogando.
- Gostamos disso tia.
- Sua mãe ligou.
- Já entendi, estou indo.
Cássio faz sinal para a menina que se despede e sai, logo, Regina coloca o homem no banho.
- Tive medo.
- De quê?
- De ter que ir embora e....
- Você vai se mudar.
- É sério mesmo?
- Sim.
Ali na banheira, Regina escova as costas de Cássio, o rapaz olha ao redor e lágrimas descem.
- Não quero ir.
- Vai ter de ir.
- Por quê?
- Pare Cássio, já fora decidido, pronto, chega.
- Tudo bem. Regina sai nua da banheira enquanto Cássio balança a cabeça em acusação.
- Não quero ficar longe de você.
- Você vai e pronto.
Amanhece, Cássio ali na rodoviária termina de embarcar as malas, olha ali o lugar e entra no veiculo, ouve gritos e ao olhar, Karen vem para a despedida.
- Não esqueça de me ligar.
- Vou ligar sim.
- Quero jogos novos.
- Vou te mandar.
- Então tchau.
- Tchau.
Quatro horas depois, ele desce no terminal de São Paulo, ali ele anda até a área de táxi, toma um para a empresa na zona norte.
Ao chegar, frente ao prédio enorme, ele anda com as malas até parar frente a guarita, depois de alguns minutos sua entrada é liberada e ele segue com a bagagem que deixa aos cuidados da recepcionista.
- O dr te espera na sala executiva.
- Obrigado.
- Tá.
Cássio segue, sendo acompanhado por olhares e alguns comentários ali, até parar frente a sala do gerente geral.
- Dr.
- Entre.
- Sim, eu vim.........
- Certo, você vai trabalhar com o Ivan, pode sair e procura-lo por ai.
- Sim, mais......
- Senhor Cássio, já terminamos.
- Obrigado.
19062020.........
2
Fernanda come mais um doce ali na banqueta da DOCERIA FELIZ, Laura fica a olhar a amiga que entre uma mordida e outra, fica a debulhar letras no aplicativo de mensagens.
- Vai me ouvir?
- Só mais um instante.
- Por favor.
- Mais um pouquinho.
Logo Fernanda termina ali e fica a olhar para Laura.
- Não vai guardar o celular?
- O que foi Laura?
- Só preciso que guarde essa merda de aparelho ai.
- Tá, tudo bem. Fernanda coloca o aparelho na bolsinha a tiracolo.
- Vai, o que houve?
- Ele terminou.
- Quem, o Murilo?
- Lógico, quem mais seria?
- Sério?
- Sim.
Laura não consegue conter as lágrimas que rolam ali, Fernanda meio sem saber, sai da banqueta e dá a volta no balcão.
- Me perdoe.
- E agora, o que faço?
- Você ainda o ama?
- Muito.
- Então vai até ele, fale com ele, oras.
- Não posso.
- Por quê?
- Sei lá, acho que não quero.
- Não quer ou não pode?
- Ai porra, como é dificil lidar com isso.
- Não tem que lidar, só vai lá, fique com ele, fale com ele, ouça-o.
- Como?
- Olhe Laura, vai logo.
- Será que devo?
- Vai logo. Laura tira o avental, entrega este para Fernanda que o veste, Laura sai dali.
No caminho, Laura fica entre risos e choros, seguindo a passos largos, o céu já anuncia a mudança com vinda de um temporal.
Após 3 quadras ela sobe por uma calçada lisa de uma faculdade, ao término dessa, Laura atravessa a rua escura, talvez, por mais um novo problema elétrico na rede.
- Oi.
- Boa noite.
- O Murilo esta?
- Sobe lá.
- Obrigado.
Laura sobe cheia de alegria, ali de frente a porta dele, ela vai bater quando percebe essa estar sem trancar.
Chama pelo rapaz duas vezes, sem resposta, ela entra ali e ouve na sacada, risos, ela segue até o barulho e se depara com a cena, seu peito aperta, aquela dor lancinante.
Murilo aos beijos com a sua professora de piano, as mãos deles a roçarem os corpos, Laura abre a boca e logo a fecha, senta por um instante observando o casal ali a iniciar os prenuncios de um coito.
Ela sai dali, ao passar pela porta, fecha esta, ali no corredor com as lâmpadas oscilando, ela vai descendo as costas na parede, ali no chão, ela chora em total silêncio.
Alguns minutos, ela sai, ao passar pelo porteiro que a deixou entrar, Laura ouve um boa noite e responde com um tchau.
De volta a doceria, Laura entra sem ser vista, já que Fernanda esta a atender um grupo de 4 rapazes, já na cozinha ela senta ao chão e fica a revirar a mente com as cenas que vira há pouco no apartamento de seu ex noivo.
Assim, ela abre a gaveta e pega uma faca, olha para esta como que se o objeto lhe servisse de espelho.
Logo o choro retorna, ela segura a faca trazendo esta para si, tendo a mesma encostada ao pescoço, Fernanda entra ali.
- Laura, pare com isso, agora.
Fernanda tira a faca da mão da amiga que debruça ao colo de Fernanda num choro quase que selvagem.
Ali as duas no chão abraçadas, um dos fregueese entra ali e as ajudam se levantarem.
Momento depois, Fernanda fecha a doceria, Laura ali na mesa, esfrega com as mãos os cabelos, Fernanda prepara um café e serve para Laura.
- Não quero nada.
- Não tem que querer, beba, só isso.
- Por que Fernanda, por que ele fez isso comigo?
- Laura, aquele seu noivo, gente, nunca gostei daquele cara, ele nunca me enganou.
- Verdade, você nunca gostou dele.
- Sim, nunca fui com as fuças dele, cretino.
- Preciso tomar algo.
- Café?
- Não, algo forte, bem forte.
- Não vou deixar você beber álcool, não sozinha tá.
Quase uma hora depois e meia garrafa de menta na mesa.
21062020.......