A vida em preto e branco

Levava uma vida sossegada,gostava de sombra e água fresca...

Essa era eu em mil novecentos e noventa e dois,quando resolvi com o incentivo de uma amiga ( a Sôninha di Sério)me inscrever em um concurso para a Prefeitura Municipal de Araraquara,cargo- Servente,que hoje até já tem outro nome mais pomposo!Agente de serviços Operacionais)grande não é? Como grandioso deveria ser a valorização desses que trabalham nesta área,pois é um trabalho muito árduo, e bem pouco valorizado,tanto financeiramente como profissionalmente.De repente, me vi cercada de crianças e livros, e adultos exigindo que essas mesmas crianças fossem independentes, formadoras de opiniões, quando eu no fundo as via como crianças mesmo, do tipo de fazer arte, brincar, crescer aos poucos tendo seu tempo certo para isso ocorrer...tudo estava errado, porém eu voz única na multidão, brigando por algo que ninguém queria ver. Deus meu, onde estávamos, parecia um pesadelo, de repente alguém resolve que criança não precisa ir para a escola aos sete anos como sempre foi normal, crianças de cinco anos sentadas em cadeiras que seus pezinhos nem o chão alcança, olhando a vida passando e seu sonho de criança ficar para depois....