DECEPÇÃO AMOROSA (Republicação)
Carlos Alberto, bancário, 43 anos. Situação financeira boa. Carro: um “Voyage” 85 em bom estado. Casado com Sílvia Regina, professora, 39 anos, mãe de 3 filhos: Eduardo, 15 anos, Letícia, 13 anos, e Patrícia, 8 anos. Casados há 16 anos, Carlos e Sílvia levavam uma vida aparentemente feliz. Passeavam bastante nos fins de semana, freqüentavam restaurantes e boates, iam à praia e às vezes viajavam para fora do estado. Tudo transcorria às mil maravilhas. O amor entre ambos era recíproco.
Sílvia Regina não sabia, nunca desconfiou que o marido tinha uma amante. Nada deixava transparecer. Seu nome: Nadja, balconista de uma grande loja, 32 anos, separada do marido, 1 filho de 4 anos. Carlos Alberto só via Nadja periodicamente. Ele dizia que era separado e que morava no interior. Nadja era também professora e lecionava em uma escola de sua mãe, à noite, dando aulas de reforço.
Certo dia Sílvia foi convidada por uma amiga para participar de uma festinha de aniversário. Haviam se encontrado na cidade e tudo foi planejado. Chegando em casa contou ao marido e este também ficou certo de ir, levando os três filhos. Seria num sábado, à noite.
No dia da festinha Sílvia arrumou os meninos, se preparou e, junto com Carlos Alberto, foram para o aniversário. Qual não foi o seu espanto quando, ao adentrar a casa da amiga, de mãos dadas com o marido, percebeu a palidez de Nadja, sua companheira de aulas durante tantos anos, que também era professora. Vendo a amiga aos prantos, perguntou o que se passava.
Carlos Alberto, instintivamente, soltou as mãos da esposa e tentou esquivar-se. Pálido também, não teve como esconder a realidade.
Morando com os filhos na casa da mãe, Sílvia Regina relembra todos os dias o momento amargo que passou. Amava tanto aquele homem que o destino os separou. Nadja se arrependeu bastante de ter acreditado em Carlos. Nos seis meses que se encontravam, periodicamente, acreditou em suas palavras de montarem um apartamento para viverem juntos.
Sozinho, humilhado, Carlos pede diariamente a Sílvia que volte para ele, que esqueça o passado. Só pensa nela e nos filhos.