UM EXÍMIO VAQUEIRO

Disse Amando:Ontem há noite prendi no curral, vinte (20), animais

entre vacas e bois.Se o patrão, está em dúvida aí fica complicado mas

darei as provas. Patrão sabe que já trabalho para o senhor há um bom

tempo e não vejo por que mentir, vosmicê sabe que estou falando pura

verdade, preciso manter meus bons princípios de família deixado por

papai e minha mãe, sou um homem velho, constituo família também não

sei ler nem escrever mas quando dou a minha palavra, bato o carimbo sobre ela, e tenho certeza de que tenho um caráter a zelar com vigor.

O patrão Chico guito: Atento a ouvir as palavras do seu empregado não

exitou em dizer: o senhor disse-me que colocou vinte (20)animais entre

vacas e bois, no curral, ontem a noite, mas cadê os bezerros? Que você

não me explicou onde estão? E as galinhas galos e pintos o que você me

diz? Cadê o meu cão primor, que entrei e ele não deu um latido?

Ao arrefecer os ânimos do patrão: Amando bem tranquilo se dedicou a

tornar explicar dessa vez com maior clareza que antes, pois já não era

mais os vinte (20) animais do diálogo anterior era muito mais preciso

para ser esclarecido. Então Amando foi discorrendo tudo que tinha para

explicar ao patrão: eu falei dos vinte animais(20), mais os galos, pintos

e galinhas, estão num outro galinheiro que fiz mais seguro para a cobra

não comer com facilidade os pintinhos de madrugada, coloquei perto da

janela onde durmo para observar qualquer ruido de bichos peçonhentos

que venha penetrar no galinheiro, entendeu patrão? Vou repetir o que

disse antes os vintes (20)animais entre vacas e bois botei nesse curral

e os bezerros por estar novos demais coloquei no curral de reserva onde

temos lá vacas mas descansadas, com leite em mais quantidade capaz

de alimentar todos eles, enquanto as daqui o senhor bem sabe que tiro

o leite delas e levo para comerciar na cidade a mando do patrão, é ou

não é? E digo mais estou aqui para trabalhar com eficiência, faço o que

for preciso para melhorar o meu trabalho, sou um vaqueiro que esmero

diante da minha profissão a muitos anos defendo o meu pão de cada dia

com muito orgulho e gratidão. Está explicado patrão? Dessa vez chico

guito, olhou, e meditando montou em seu cavalo manga larga, e saiu a

toda pressa, falando com o seu pensamento dizia: pensei uma coisa e

era outra, De repente corrijo meus erros, o vaqueiro Amando já vi que é

sujeito direito, trabalhador e digno da minha confiança, é um verdadeiro

conhecedor de sua profissão, na minha fazenda ele continua, quem sabe

se breve não peças desculpas a ele sobre minhas más interpretações.

Nada melhor do que uma boa harmonia e os tempos se passaram muito

depressa o patrão chico que era novo, velho também ficou, com o tempo

Amando morreu de velhice, onde para Chico guito, a saudade ficou entre

a discórdia de um fático dia em sua fazenda, e a lembrança simples de

homem com a alma repleta de ternura e fidelidade.

José Antonio Silva da Cruz

Salvador, 13 abril 2020

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 13/04/2020
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