Poeta José Ernesto Ferraresso
Agradeço sua complementação ao meu conto.
Egrégora
Habituada a despertar pela manhã com a algazarra das maritacas, formando um coral, ensurdecedor, dispensei os relógios. As aves em grupos sobrevoam as matas, incansavelmente, durante horas, não, adianta querer voltar a dormir, pois, não se consegue. Contudo, desde que foi decretado a quarentena, devido a pandemia do Covid19, pelo vírus SARS-Cov2, a cidadezinha de Serra Negra/SP, incrustada na serra, com população estimada de 29.229 habitantes, dados obtidos pelo último senso do ano de 2019, as pessoas, atendendo as solicitações, médicas, governamentais, tem estado realmente em recolhimento. Estabelecimentos fecharam as portas, pessoas, não circulam pelas ruas a não ser, para fazer o estritamente, necessário. Não se ouvem, gargalhadas de crianças, barulhos de motores de carros, motocicletas, sirenas, sinos das igrejas, não badalam. Impera um silencio, sepulcral!
Até aí, nada de anormal diante a fase que estamos vivenciando, só, que algo chamou minha atenção, as maritacas, silenciaram de vez, gatos, sumiram de cima dos telhados, cachorros, não latem, bem-te-vis, sanhaços, sabias do campo que cantam o dia todo, silenciaram! Os colibris, beija flores, canarinhos da terra que alimento e forneço água, não, raro tenho que encher as garrafinhas, duas, vezes ao dia, tamanha é a assiduidade das aves, também, desapareceram como que, por encanto. Hoje pensando nesse incidente lembrei-me de determinadas aulas que tive na época em que cursei Teosofia:
Alguns ensinamentos diziam que quando, uma energia, extensa for, emanada, sobre o planeta, seja ela, boa ou ruim, forma-se uma, egrégora, essa força energética, age, sobre todos os seres da natureza, indistintamente.
Nesse momento reavivei minhas lembranças, exemplos, que nos foram passados, exercícios, vivenciados, e compreendi a razão do sumiço das aves. Que essa energia criada por nós e expandida, sirva, não somente para evitarmos a propagação do vírus, circulante, mas, também para nos conscientizarmos do real papel que nos cabe como, seres humanos e irmãos que somos, habitando o mesmo planeta, dentro do contexto universal.
23/03/2020
Nadir A. D`Onofrio
Serra Negra/ SP
Agradeço sua complementação ao meu conto.
Egrégora
Habituada a despertar pela manhã com a algazarra das maritacas, formando um coral, ensurdecedor, dispensei os relógios. As aves em grupos sobrevoam as matas, incansavelmente, durante horas, não, adianta querer voltar a dormir, pois, não se consegue. Contudo, desde que foi decretado a quarentena, devido a pandemia do Covid19, pelo vírus SARS-Cov2, a cidadezinha de Serra Negra/SP, incrustada na serra, com população estimada de 29.229 habitantes, dados obtidos pelo último senso do ano de 2019, as pessoas, atendendo as solicitações, médicas, governamentais, tem estado realmente em recolhimento. Estabelecimentos fecharam as portas, pessoas, não circulam pelas ruas a não ser, para fazer o estritamente, necessário. Não se ouvem, gargalhadas de crianças, barulhos de motores de carros, motocicletas, sirenas, sinos das igrejas, não badalam. Impera um silencio, sepulcral!
Até aí, nada de anormal diante a fase que estamos vivenciando, só, que algo chamou minha atenção, as maritacas, silenciaram de vez, gatos, sumiram de cima dos telhados, cachorros, não latem, bem-te-vis, sanhaços, sabias do campo que cantam o dia todo, silenciaram! Os colibris, beija flores, canarinhos da terra que alimento e forneço água, não, raro tenho que encher as garrafinhas, duas, vezes ao dia, tamanha é a assiduidade das aves, também, desapareceram como que, por encanto. Hoje pensando nesse incidente lembrei-me de determinadas aulas que tive na época em que cursei Teosofia:
Alguns ensinamentos diziam que quando, uma energia, extensa for, emanada, sobre o planeta, seja ela, boa ou ruim, forma-se uma, egrégora, essa força energética, age, sobre todos os seres da natureza, indistintamente.
Nesse momento reavivei minhas lembranças, exemplos, que nos foram passados, exercícios, vivenciados, e compreendi a razão do sumiço das aves. Que essa energia criada por nós e expandida, sirva, não somente para evitarmos a propagação do vírus, circulante, mas, também para nos conscientizarmos do real papel que nos cabe como, seres humanos e irmãos que somos, habitando o mesmo planeta, dentro do contexto universal.
23/03/2020
Nadir A. D`Onofrio
Serra Negra/ SP
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Parou O Tempo!
José Ernesto Ferraresso
O corpo dilacerou quando
a gente sofreu.
Esta tristeza que estamos
passando nada mais é do que
tirando a minha conclusão:
"Parou O Tempo"
Assim também, a alma padeceu
com o passar do tempo.
Não devemos temer o envelhecer
porque aquele que acredita
no poder divino, confia que
o tempo é a Eternidade.
Serra Negra
08/04/2020
Imagem Net, sem contar autor, ou restrição ao uso.
José Ernesto Ferraresso
O corpo dilacerou quando
a gente sofreu.
Esta tristeza que estamos
passando nada mais é do que
tirando a minha conclusão:
"Parou O Tempo"
Assim também, a alma padeceu
com o passar do tempo.
Não devemos temer o envelhecer
porque aquele que acredita
no poder divino, confia que
o tempo é a Eternidade.
Serra Negra
08/04/2020
Imagem Net, sem contar autor, ou restrição ao uso.