FRUTO PRECIOSO 3 LIVRE 13 ANOS
Hortência rega as samanbaias ali na sacada do prédio.
Em seu oitavo andar ela anda no seu salto que acabara de trazer da Itália.
Ouve a campainha e o mover do trinco de sua porta, ali na sala parada uma senhora de seus quase 60 anos, 2 homens em terno e óculos escuros e na poltrona solitária, um senhor de seus 80 anos.
- Olavo.
- Oi querida, me desculpe mais queria por muito ve-la.
- Nada, sabe que minha casa é sua casa.
A senhora olha para ela lhe dizendo:
- Como de fato este apartamento e tudo que nele tens é do sr Olavo.
- O que foi Natália, não me lembro de te-la permitido participio nisso.
- Me desculpe senhor.
- Oras Olavo, não fique nervoso, olhe a úlcera, nem ligue para Natália, no fundo ela me ama, não é tia?
- Bruxa.
- Olha quem diz.
Olavo bate forte sua bengala naquele piso limpo, o silêncio impera ali.
- Bem já que estão querendo duelar, tenho algo para as duas.
- Para nós, o quê?
- Uma missão.
- Com certeza vou ter de viajar com essa sonsa da Natália?
Natália olha para Hortência com certo ódio, Olavo intervém trazendo as duas a realidade.
- Preciso das duas para esse trabalho e ponto final.
Mais e o Telmo, ele não é mais qualificado que nós?
- Ele esta na Rússia em outro projeto.
- Nossa Rússia.
- Assim que ele terminar por lá ele vai direto para o Egito.
- Egito.
- Olhe sei que vocês duas se odeiam, porém devem se lembrar, vocês são tia e sobrinha.
- Sim senhor.
- Preciso ter que usar a luva?
- Jamais senhor.
- Melhor assim, entregue para elas as coordenadas.
Um dos seguranças retira do terno um envelope minúsculo porém ao coloca-lo nas mãos de Hortência este cresce ficando em tamanho normal, ela pega este e o Lê, rapidamente passa para natália que faz o mesmo.
- Bem, será que serei brindado com um bom vinho?
Olavo faz ali seu pedido, logo Hortência vem com 3 tipos de vinhos e taças.
- Quero o segundo.
- Excelente escolha.
- Como sempre.
Olavo é servido e ele bebe o vinho aos goles suaves e generosos.
Hortência pega um copo comum para si e outro para Natália, ela rasga o papel e mergulha em sua taça com o vinho bebendo-o, a outra faz o mesmo.
- Bem, acho que minha visita já fora o suficiente.
- Não quer almoçar, vou preparar um pato ao molho marroquino.
- Hum já me deliciei só de ouvir, mais por hoje, ficamos nisto, adeus.
O homem desaparece da sala junto dos seus seguranças ficando somente as duas ali.
- E agora?
- Vamos comer?
- Demorou.
- E o seu pato?
- Sai de mim, ariranha.
- O que foi sobrinha.
- Vamos logo.
Hortência tira de seu decote um vidrinho, abre-o e coloca um pó na mão, sopra este e logo é visto linhas verdes que vão se desfazendo ali.
- Velho enjoado.
- Até parece que não o conhece.
- Tem momentos que juro, não.
- E ai?
- Vamos logo, tem um restaurante daqui 2 quarteirões.
- Sabia, não tinha pato algum.
- Claro que iria ter, pelo telefone posso tudo em cozinha.
- Você não mudou em nada. Risos.
Natália borrifa uma espécie de aromatizante no local e toda a mobília desaparece, logo surgindo a original do local.
- Graças, não tinha nenhum aqui comigo, ia ter de fazer do jeito mais dificil.
- Vamos logo só temos uns 3 minutos.
- Ai, não via a hora de sair logo deste lugar.
- Pegou suas coisas?
- Já estão no carro.
- Esperta.
As duas saem dali, aos poucos as plantas na sacada vão secando e logo tornam-se brotos, após 2 minutos, entram no apartamento uma família, marido, mulher e 3 filhos.
No estacionamento Hortência e Natália entram no veiculo e quando Hortência gira a chave deste o modelo do veiculo é outro e este sai dali deixando original no local.
Este aos poucos vai se consumindo em fogo ali até desaparecer, tudo acontece em segundos sem que qualquer pessoa tenha conhecimento.
- Ja na estrada elas fazem sua make, só que ao invés de essa realçar sua beleza faz com que sua pele se torne gelatinosa e elas retiram essas logo surgindo suas novas faces.
Hortência ainda mais jovem e Natália uma senhora de seus 70 só que com tudo em cima.
Jeferson aguarda as duas no aeroporto, a seu lado um velho Teco Teco, logo avista as duas, elas entram pelo portão de serviço e logo estão ali com o rapaz.
- Demoraram hein.
- Fique tranquilo temos todo tempo.
- Por favor, me digam, trouxeram o genro?
- Lógico.
Natália abre sua mala e deste tira uma jibóia de mais ou menos uns 3 metros.
- Ai meu menino, elas te fizeram mau foi, mulheres más né meu garotinho lindo, charme do papai.
- Só para seu saber, ela é fêmea.
- Serpentes não tem sexo.
- Ai Jeferson, não vou mais discutir contigo.
- Vão logo, suas bruxas más.
- O que disse?
- Vão, por favor, ou ele me mata.
Natália se aproxima dele.
- Você já esta morto, não se esqueça.
- Tchau.
- Tchau.
O rapaz desaparece com a cobra e deixa ali na mão de Hortência as chaves da aeronave.
- Vamos.
- Agora.
As duas entram no trambolho voador, Hortência fecha a portinhola, Natália vai no comando e olha os equipamentos ali.
- E ai?
- São melhores que o ultimo do Reino Unido.
- Ai que bom.
- Quer chocolate?
- Não, definitivamente não.
- Trouxe o pedido?
- Aqui.
Hotência dá para a outra um vidro de maionese com algumas formigas dentro, Natália abre este e com um leve agitar de mãos, as formigas tornam-se pilotos e pilotos e o restante da tripulação.
Ela profere um rito quase inaudível hebraico e o teco teco torna-se um jato executivo dos melhores do mundo.
- Bem melhor.
- Ai que bom, fiquei com medo que não gostasse.
- Jamais, sabe acho que sempre teve um excelente bom gosto para aeronaves.
- Obrigado.
- Vamos.
- Sim.
A aeronave alça vôo sob olhares da torre de controle que dá o permisso e ainda faz todo o procedimento protocolar e de acordo com as normas vigentes.
Da torre de controle, os operantes ali veem uma nave comercial de linha conhecida e prestigiável.
O vôo ocorre de forma calma e em quase uma hora, aterrisa na pista colombiana.
- Olá Fredy.
- Oi Hortência, Natália.
Natália se aproxima do homem em terno e gravata e o beija.
- Ei, vocês não tinham terminado?
- Nunca soubemos disso.
Fredy abraça trazendo para si Natália, Hortência faz gesto de enjôo para eles.
As duas acompanham Fredy até um galpão, onde ali são abertas diversas caixas com cerâmicas em jogos de jantares e chás.
Também outras contém folhas de chá colombiano.
Com um aperto de mãos selam o acordo deles, Hortência olha para o carregamento ja quase todo dentro do avião cargueiro.
Natália se despede dela saindo com Fred para a área superior do galpão, ali Hortência vai até o balcão se serve de champanhe e sai dali.
Ali fora sob a luz do luar ela inicia um canto aramaico e rodopia fazendo o local se encher de brilho, quando pára ali perto dela um jovem.
- Zacarias.
- Oi Hortência.
- O que faz aqui?
- Vim por que soube que estaria aqui.
- Nem vou te perguntar quem lhe disse, com certeza fora a agência.
- Sim, Magda me disse.
O homem se aproxima dela e surge o beijo deles ali.
Já passa do meio dia e as duas no navio providenciado pela agência aos cuidados de Zacarias.
- Pelo jeito você também se deu bem.
- Acho que sim.
Zacarias dentro da cabine do capitão, observa ao longe a formação de uma onda que vai crescendfo e avançando em direção a eles.
Hortência e Natáslia são alertadas pelo megafone e preparam suas forças mágicas ali em defesa, uma forte nuvem forma-se em cima da embarcação.
Em questão de segundos a embarcação é tomada por cerca de 40 pessoas.
- Olá meninas.
- Sherssa.
- Nossa Natália, você está lindissima.
- O que esta fazendo aqui Sherssa?
- O que acham, queremos a taxa transitória.
- O quê, ficou louca a agência nos apóia neste movimento.
- Bem, pode até ser, o caso é que esta própria agência nos enviou.
- Quem são eles?
- São todos bruxos nivel 3.
- Ou seja iniciantes.
- OLhe, eu não tentaria testa-los podem sair muito mau.
- Sabemos disso.
Hortência chama Sherssa para um canto.
- E ai, como vai ser?
- A ordem é de 15%.
- Meu, sempre demos os 5%.
- Talvez por isso agora a agência esta nos mandando para negociar e com certeza teremos um final aqui, não?
- Me dê um certo tempo, já volto.
Hortência desce para o segundo piso, deixando Natália com eles acima, ali ela tira uma pedra verde do bolso e joga nesta um pouco de wisky.
- O que foi?
- Senhor, a agência quer 15%.
- Dê a eles.
- Sim sr.
Hortência faz um breve ritual de agradecimento e retorna para cima.
- O que decidiram?
- Já esta em suas contas.
- Ou seja da nossa agência?
- Sim. Sherssas anda por ali, enquanto um dos bruxos faz contato com a agência, ela senta em uma espreguiçadeira a olhar para o céu.
O homem vem a ela e lhe diz algo, Sherssa sai dali indo até Natália.
- Você vem conosco.
- Por que, o pagamento foi feito?
- Isso você saberá na agência.
Hortência ouve aquilo e profere um rito, logo a embarcação se agita, Sherssa olha para os bruxos que começam a passar mau.
- Parem com isso ou sopfrerão.
Hortência intensifica o rito, Natália se afasta de Sherssa e inicia um canto nórdico, peixes saltam do mar para dentro da embarcação, enquanto os bruxos vomitam sem cessar.
Da cabine de comando, Zacarias ali com 3 bonecos feitos de forma bem rústica são colocados em meio e a uma água suja na bacia de pedra, ali ele profere um rito do livro negro de Aquim, o capitão traz para ele algumas pedras petras.
As velas são acesas e outro rito é iniciado lá fora, os bruxos são incendiados, Sherssa olha aquilo e levanta a mão direita ao alto, profere um rito persa e joga uma pedra reluzente no piso de madeira.
O lugar é tomado de forte luz e quando cessa, todos ali sumiram, Sherssa levara Natália.
Hortência grita em ódio diante a perda da colega, Zacarias sai da cabine com parte de seu corpo em sérias feridas, queimaduras.
- Por que usou magia tão maléfica?
- Era isso ou todos nós mortos.
- E aquela maluca nos idsse que a ag~encia só queria os 15%, por que então levar a Natália, sua agência, afinal você é parte dela.
- Isso não era tudo, a agência pouco se importa com os 15%.
- Como assim, será que no fim vocês queriam algo mais.......
- Seu tio, é isso que a agência quer seu tio.
- Por que meu tio Olavo?
- A agência tem perdido muitas classes de um bom tempo.
- Não entendo.
- Seu tio quer fundar uma nova ordem.
- Ele nunca faria isso.
- Será que não, se ele fosse tão chegado a vocês ele teria vindo em salvação a vocês.
- Por que diz isso?
- Ele sabia de tudo isso.
- Não.
- Acorde Hortência, seu tio não esta mais nem ai pra vocês, o que ele quer é o poder total.
- Bem, isso até seria bem provável, mais não, ele não nos mandaria para a morte.
- Sim, ele fez isso.
A agência ali toda rodeada por mais de 10 bruxos de nivel 2 dentro, Natália é colocada em uma sala cercada de livros antigos.
- O que é isso, brinquedoteca?
- Pode ser.
Ela sai da cadeira e ao tocar em um dos livros, ela é arremessada a outro canto da sala e assim por diante até que a porta é aberta, ali no chão, Natália caída tem seu corpo todo afetado por magias corrosivas.
- Oi querida.
- Fausto, o que faz aqui?
- Oras, não é sempre que tenho tão boa convidada aqui neste local.
- Seu nojento.
- Onde esta Olavo?
- Não sei e nem quero saber seu bruxo de baixa classe.
- Nossa, isso é muito ruim aqui, minha doce convidada.
- Vá ao inferno.
- Você melhor do que ninguém sabe, o inferno não existe é pura invenção dos outros.
- Será mesmo Fausto?
- Estou perdendo minha paciência, diga logo onde se encontra Olavo, afinal você é a secretária dele?
- Morra.
Fausto olha para os bruxos ali e sinaliza, assim que ele sai recomeçam a tortura só dessa vez, Natália é colocada dentro de uma câmara de ferro, fundida na fornalha de Iraém, quando acesa vai a mais de 1000 graus em segundos, ela ali dentro suportando tudo aquilo aos gritos de dor.
18022020.........