28 de julho de 1971. Noite fria. Nossa casa estava cheia de vizinhos. Na mesa de jantar bolos, tapiocas, cuzcuz, pão de queijo, café, leite e chá. Naquela época nem todas as casas tinham televisão, então era normal sempre vir alguém assistir a novela, o jornal. Nesse dia tinha muita gente e a agitação era grande. O motivo: assistir o programa Pinga Fogo com Chico Xavier.
Quero abrir um parentese aqui: nossa família era católica e íamos a missa todos os domingos. Lembro de uma beata perguntar a meu pai quem era este senhor.
- O maior médium do Brasil, quiçá do mundo d. Chiquinha. - respondeu meu pai rindo -
O Pinga Fogo era um programa em que os entrevistados, celebridades da época, eram bombardeados com perguntas difíceis e às vezes constrangedoras, levando alguns deles às lágrimas. Meu pai não perdia um programa.
- Pai, posso assistir? perguntei.
- Pode sim meu filho.
Sentei no colo de meu pai e quando o programa começou, todos ficaram em silêncio. Claro que não entendi nada do conteúdo do programa, mas Chico Xavier ficou marcado na minha memória. Achei-o feio, sem graça, esquisito, mas lembro de ficar fascinado com sua voz suave e tranquila. Assisti o programa inteiro sem pronunciar uma palavra.
O tempo passou.
Hoje ciente da importância de Chico na doutrina espírita, que conheci através dele e de Kardec e me apaixonei, fico me perguntando se ele tinha alguma idéia de quantos corações ele tocou participando daquele programa. Eu tinha oito anos e mesmo sem entender nada do que estavam dizendo, assisti até o final.
Na hora de ir embora d. Chiquinha foi taxativa.
- Gostei desse Chico. Mas será que isso é coisa de Deus meu filho?
- É ciência d. Chiquinha, ciência. - respondeu meu pai rindo -
- Cruz credo.
Quanto tempo se passou desde aquele Pinga Fogo e até hoje tenho na minha memória tudo que aconteceu naquela noite. Nada se apagou. Chico era assim: Inesquecível.
Quero abrir um parentese aqui: nossa família era católica e íamos a missa todos os domingos. Lembro de uma beata perguntar a meu pai quem era este senhor.
- O maior médium do Brasil, quiçá do mundo d. Chiquinha. - respondeu meu pai rindo -
O Pinga Fogo era um programa em que os entrevistados, celebridades da época, eram bombardeados com perguntas difíceis e às vezes constrangedoras, levando alguns deles às lágrimas. Meu pai não perdia um programa.
- Pai, posso assistir? perguntei.
- Pode sim meu filho.
Sentei no colo de meu pai e quando o programa começou, todos ficaram em silêncio. Claro que não entendi nada do conteúdo do programa, mas Chico Xavier ficou marcado na minha memória. Achei-o feio, sem graça, esquisito, mas lembro de ficar fascinado com sua voz suave e tranquila. Assisti o programa inteiro sem pronunciar uma palavra.
O tempo passou.
Hoje ciente da importância de Chico na doutrina espírita, que conheci através dele e de Kardec e me apaixonei, fico me perguntando se ele tinha alguma idéia de quantos corações ele tocou participando daquele programa. Eu tinha oito anos e mesmo sem entender nada do que estavam dizendo, assisti até o final.
Na hora de ir embora d. Chiquinha foi taxativa.
- Gostei desse Chico. Mas será que isso é coisa de Deus meu filho?
- É ciência d. Chiquinha, ciência. - respondeu meu pai rindo -
- Cruz credo.
Quanto tempo se passou desde aquele Pinga Fogo e até hoje tenho na minha memória tudo que aconteceu naquela noite. Nada se apagou. Chico era assim: Inesquecível.