Sem Religião

ERA um coroa enfadado que nunca professara uma religião. Apesar de respeitar todas, não optara por nenhuma delas. E nunca se arrependera e nem sentira falta ou necessidade de ser religioso. A ele bastava crr em Deus e rezar ao Pai como Jesus ensinou: sozinho e com a porta do quarto trancada. E se considerava cristão também porque era solidário com os menos favorecidos e nunca prejudicara ninguém.

Mas era sempre questionado por amigos e amigas que eram religiosos. Estes achavam que a religião ajudava a amparar as pessoas, que era algo fundamental. Ouvia calado e calado ficava. Mas um dia em que estava reunido com esses amigos e amigas, umqa amiga muito querida, religiosa demais, tanto fez aconselhando-0oa se tornar religioso, quee o sujeito apenas para fazer uma gozação e encerrar o papo, retirou da velha carteira um recorte de uma entrevista do escritor Dan Brown, detestado por essa amiga por críticas contra a Igreja, e leu com sua voz ruim e rouquenha:

"Nós sempre tivemos um fundamento moral, um código interno, que nos evita fazer coisas ruins. A religião não tem os direitos autorais da moralidade.Eu não preciso dos Dez Mandamentos para saber que nao devo machucar ninguém. Nenhum de nós precisa. Nós sabemos disso.Mesmo uma criança de quatro anos de idade sabe que não deve pisar num animal quando o encontra. Nao é a religião que deve nos salvar. Nem mesmo a tecnologia. Nós é que devemos nos salvar uns aos outros".

A amiga ficou encabulada mas não contestou, midaram de assunto, um assunto mais ameno. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 25/01/2020
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