E o João? Qual é o estado dele?
- Roberto, eu soube do seu irmão, o João. Contou-me a Ludmila que ele envolveu-se, em São José, em um acidente. Como ele está? Ele está no hospital?
- Meu irmão envolveu-se num acidente de carro, em Jacareí, e não em São José, e está hospitalizado.
- E o que aconteceu com ele? Qual é o estado dele?
- Eu o visitei hoje, às oito da manhã. Ele tem, quebrados, um braço, uma perna e duas costelas, perfurado o intestino, esmagada a mão esquerda, e, furado, um olho, o direito. E ele perdeu um litro de sangue.
- Meu Deus.
- Mas não se preocupe, Anderson. O estado dele não é grave.
- Não é grave, Roberto!? Não é grave!? Ele perdeu um olho, tem, quebradas, costelas... E perdeu um litro de sangue! E você me diz que o estado dele não é grave! O que teria de acontecer com o seu irmão para você dizer que o estado dele é grave?
- Anderson, você é muito dramático. Seria grave o estado do João se ele tivesse, quebrados, os dois braços, as duas pernas, e sete costelas, perfurados o intestino, o baço, o fígado, o pâncreas, os dois pulmões e os dois rins, esmagadas as duas mãos, furados os dois olhos, e perdidos três litros de sangue, no mínimo.