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Cuidado! Milagres acontecem
Cuidado! Milagres acontecem
O circo tinha chegado à cidade. Não era circo com lona. Era pequeno e com poucas atrações. Basicamente palhaços e show de mágica. A apresentação era na escola, pois a cidade não tinha espaço para eventos. O preço era irrisório para a maioria da criançada. Mas pra mim era um rim.
Eu tinha nove anos de idade e nem um tustão furado. Após ajudar minha mãe com os afazeres fiquei ali vendo os colegas comprarem os ingressos de entrada, enquanto o pessoal do circo preparava a sala para a apresentação logo mais.
Queria muito assistir ao espetáculo, e vê-los fazendo a montagem só aumentou minha vontade. Disseram que um mágico iria cortar uma mulher ao meio e alguém iria virar macaco. Queria muito assistir. Continuei sentada ali com cara de cachorro pidão.
Faltava cinco dias para o natal. Já tinha tentado de tudo, mas minha mãe não tinha dinheiro nem para comprar um dindin. Ela foi categórica ao dizer que estava rezando para que recebêssemos a cesta básica do Inamps ou o natal seria só pelas graças de Deus!
Eram tempos difíceis, mas pra Deus era tão fácil! Então, com muita fé pedi a Deus que mandasse dinheiro pra eu comprar um ingresso e que chegasse a cesta básica pra minha mãe ficar alegre.
Para Deus nada é impossível! Sempre ouvi falar. Naquele dia vi o milagre acontecer. Enquanto eu olhava a montagem para o espetáculo. O moço da montagem olhou para mim e disse:
_ Ei menina! Tu quer assistir ao espetáculo?
_ Sim. Eu quero. - Respondi com um sorriso de orelha a orelha.
_ Pois te dou um ingresso se você conseguir um lençol para colocar naquele vitrô ali.
Bem... Era tudo que eu precisava. Porém, lembrei-me que os lençóis da minha mãe eram todos acabados de tão velhos! Mas, minha irmã era recém- casada e tinha uns lençóis novinhos.
Fui lá e escolhi o mais bonito que encontrei. Não pedi permissão, afinal, que mal tem em emprestar um lençol? Escolhi um amarelo com bordados.
Foi o espetáculo mais lindo que assisti. Foi meu milagre de natal!.
No dia seguinte fui buscar o lençol. Ou melhor, o que sobrou dele! A cesta do natal também chegou no dia seguinte.
Minha mãe estava muito feliz e disse - me:
_ Leninha... caça pra barriga, não caça pras costas!
Eh, meu primeiro milagre só deu pras minhas costas, o segundo encheu a barriga. E, nunca mais pedi milagres sem explicar direitinho a Deus que é sem sequelas!
Eu tinha nove anos de idade e nem um tustão furado. Após ajudar minha mãe com os afazeres fiquei ali vendo os colegas comprarem os ingressos de entrada, enquanto o pessoal do circo preparava a sala para a apresentação logo mais.
Queria muito assistir ao espetáculo, e vê-los fazendo a montagem só aumentou minha vontade. Disseram que um mágico iria cortar uma mulher ao meio e alguém iria virar macaco. Queria muito assistir. Continuei sentada ali com cara de cachorro pidão.
Faltava cinco dias para o natal. Já tinha tentado de tudo, mas minha mãe não tinha dinheiro nem para comprar um dindin. Ela foi categórica ao dizer que estava rezando para que recebêssemos a cesta básica do Inamps ou o natal seria só pelas graças de Deus!
Eram tempos difíceis, mas pra Deus era tão fácil! Então, com muita fé pedi a Deus que mandasse dinheiro pra eu comprar um ingresso e que chegasse a cesta básica pra minha mãe ficar alegre.
Para Deus nada é impossível! Sempre ouvi falar. Naquele dia vi o milagre acontecer. Enquanto eu olhava a montagem para o espetáculo. O moço da montagem olhou para mim e disse:
_ Ei menina! Tu quer assistir ao espetáculo?
_ Sim. Eu quero. - Respondi com um sorriso de orelha a orelha.
_ Pois te dou um ingresso se você conseguir um lençol para colocar naquele vitrô ali.
Bem... Era tudo que eu precisava. Porém, lembrei-me que os lençóis da minha mãe eram todos acabados de tão velhos! Mas, minha irmã era recém- casada e tinha uns lençóis novinhos.
Fui lá e escolhi o mais bonito que encontrei. Não pedi permissão, afinal, que mal tem em emprestar um lençol? Escolhi um amarelo com bordados.
Foi o espetáculo mais lindo que assisti. Foi meu milagre de natal!.
No dia seguinte fui buscar o lençol. Ou melhor, o que sobrou dele! A cesta do natal também chegou no dia seguinte.
Minha mãe estava muito feliz e disse - me:
_ Leninha... caça pra barriga, não caça pras costas!
Eh, meu primeiro milagre só deu pras minhas costas, o segundo encheu a barriga. E, nunca mais pedi milagres sem explicar direitinho a Deus que é sem sequelas!