Astro rei
Führer se sente exemplo de retidão e sabedoria. Censura (democraticamente) qualquer comportamento tipificado como ponto fora da curva normal. Não era assim. Passou a ser. Por quê?
Certamente, isso nada tem a ver com a metamorfose ambulante. Seu fundo de aval intelectual consubstancia risível conteúdo e forma morta e morna. Os muros são surdos. Eu cego.
Internalizou a missão de explanar sobre a incrível arte de ligar o nada a lugar algum, o que o fez também com os conteúdos alheios. Determinou princípios, métodos e objetos.
Porém, esqueceu-se de escrever - no vernáculo - o termo aritmética. O que deveria ser mudo apresentou sonoridade. Olvidou, paralelamente, que a palavra língua necessita de acentuação. Guia cego na escuridão.
A si, sempre o melhor eixo. O que seria do mundo acadêmico sem os "slides"?! Aos outros, o resto. Avocou a composição do material didático por completo. O que poderia ser abordado por duas míseras lâminas, transformou-se em quatorze. Por que não sete ou oito? Mas quatorze (duas vezes sete).
Quatorze excrementos jogados a esmo, largados. Ai de quem questionar! Condenado (a) a hipócritas lições moralistas, a escutar o oceano de suposto conhecimento com quase nada de profundidade.
Quando Titânia despertou, o astro rei já deslizara no espaço-tempo...
@engenhodeletras