A descoberta fatal

Ando pensando muito tentando imaginar onde fomos parar e porque fomos parar justamente aqui.

Me vem à mente, histórias narradas em filmes onde os poderes ocultos para a grande sociedade, se degladiam para manter no poder.

Ainda que a batalha seja acirrada e sangrenta, nenhum dos lados tem interesse em tornar pública essa contenda, haveria o risco de ela ser eficazmente combatida pelo maior de seus inimigos; a sociedade.

E acho que foi assim ao longo de todos esses anos pós regime militar. Nunca tivemos um sistema político voltado a suprir as necessidades do povo e buscando o seu desenvolvimento.

Nunca tivemos agremiações políticas comprometidos com ideologias desenvolvimentistas e defendendo em todas as instancias da correção, da ética, da verdade, ao contrário, dezenas de partidos fisiologistas foram criados apenas para dar “volume” oferecendo uma “pseudo” oportunidade para diversas tendências políticas deixando muito mais caro o custo politico brasileiro.

Nenhum deles, contudo é comprometido com sua causa ideológica, na verdade, possivelmente nenhum partido tem a sua própria causa.

Então, ao longo dos anos, a sociedade foi sendo conduzida a pagar mais impostos, para manter o status dos governantes e por isso experimentar uma qualidade sofrível em quase tudo que o Estado tem a obrigação de oferecer.

A ideia do poder era a de oferecer o possível, desde que controlado, porquanto se mantinham as desavenças em nome do poder.

A operação lava-jato foi a incisão inesperada que pôs à nu as vísceras apodrecidas.

Entendeu-se então porque o segundo colocado na votação para presidente, NUNCA se colocou como oposição à aquela que o vencera, e em cujos resultados pairaram dúvidas.

Entendeu-se porque a política brasileira decidiu forjar partidos fisiologistas ao invés de partidos coesos em torno de uma boa causa.

E mais que nunca, entende-se agora porque temos que engolir uma campanha absurdamente cara, milionária, que tira da saúde, segurança e educação valores já bastante reduzidos diante da falência que o país se encontrava quando da posse do novo Presidente.

Os políticos viraram as costas para a sociedade e buscam se proteger do alcance da justiça.

Projetos de interesse social são engavetados e/ou substituídos por projetos que apenas beneficiam o "Establishment"

Somos agora escravos desse poder que cooptou as forças do bem.

Vivemos e viveremos uma escravidão de um modelo político que se sustenta por se sustentar do erário e em nome dele, e busca se manter por gerações a gerações.

Confesso que não consigo vislumbrar uma saída desse contexto.

Será que nos cabe apenas, tal qual animais amansados, seguir na trajetória determinada e esperar pelos grãos da falsa liberdade que nos é imposta??

Oremos.

Laviron Ellab
Enviado por Laviron Ellab em 08/10/2019
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