Império do Nonsense
O homem se sentia deslocado, completamente aturdido. Como se estivesse noutro planeta. Ou então, admitia, estava completamente caduco e variando. Sim, porque achava que as pessoas estavam se lixando para os absurdos. Mais que isso, estavam assimilando os absurdos, as grossuras e até, pasme, a violência. Relevando toda agressão que partia do grupo que estava no poder dando as cartas e jogando de mão. Não havia a mínima reação ao absurdo. Estavam achando até algo normal. Não, o homem não estava se referindo às pessoas sem instrução, mas que são ou se consideram cultas e que possuem informação, aqueles que são cÔnscios do que está ocorrendo... Escancaradamente.
Esse homem que não havia gostado dos livros de Kafka (que o atabalhoado e aloprado ministro da educação confundia com espeto de carne), de certa forma começou a entender os personagens dos romances daquele escritor, o absurdo, o surrealismo, o fantástico, o nonsense. Si, as pessoas estavam acetando o império do nonsense. Era o país Bacurau. Um país em transe. Um país kafkaniano. Triste s Trópicos. Inté.