Anônimos do cotidiano
O encontro aconteceu em uma reunião informal.
Ele já teria ido embora caso não tivesse notado a bela mulher; cabelos bastos, negros pele branca e profundos olhos verdes.
Assim como ele, parecia estar entediada e desacompanhada.
Saíram ao mesmo tempo fazendo sinal para um táxi que não parou.
Rindo da coincidência ele a convidou para uma cafeteria próxima.
Fizeram o pedido, comentaram a reunião, e após tomar o café ela agradeceu a companhia e ao se despedirem, discretamente ele deixou
em sua mão o número de um telefone que ela recebeu com leve sorriso.
Uma semana depois o telefone tocou com a desconhecida
marcando um encontro na mesma cafeteria...
Foi assim que tudo começou.
O combinado era que, a vida pessoal deles permaneceria à parte, nem seus nomes seriam mencionados.
Encontravam-se regularmente em um flat e ás vezes, passavam fim de semana em um chalé na serra.
Era uma relação cercada de mistério, onde os encontros sempre eram marcados por ela em telefones que não podiam ser rastreados.
Ele podia ter descoberto a identidade da bela mulher ,mas quebraria a magia do momento em que estava vivendo.
Com o tempo, ele percebeu que estava amando a bela:não tinha inconveniente algum se ele não fosse um solteirão convicto que, gostava
de frequentar à noite, à procura de novas conquista.
Dias depois, Rui delegado geral da policia de homicídio, já estava de saída para novo encontro quando recebeu um chamado urgente à respeito de uma invasão com morte, em um bairro nobre
Ao chegar ao local da suposta invasão encontrou sinais de luta e um corpo...
Era a mulher com quem se encontrava...
Na porta do quarto um homem observava com olhos frios e indagadores um celular junto ao corpo.
Rui passou o caso para outro delegado alegando problemas pessoais.
Por onde andará o Rui?..