Primeiras Linhas
(Alexandre d' Oliveira)
 
Não me faz rir meu amigo. Não me faz rir com sandices deste cara; pois saiba que ainda estou bastante novo para escutar essas abobrinhas deste que estamos vendo, e ainda me encontro nas primeiras linhas deste alfabeto, querendo ver de longe o circo pegar fogo. E, não pense que é brincadeira da minha parte. Certo dia outro amigo chega para mim, e fala assim:
 _ Veja você. A todo momento estuda, lê e cada vez escreve, a sua produção nem por decreto vemos você relaxar, tampouco da prosa se descuidar. E, se a gente não fala consigo nem sequer nos dá ouvidos. Eu, não sei para que tanto estudo.
Aquele amigo fez com que eu pensasse em tudo, já que na verdade estudo. E com isto me realizo, isto me dar prazer e satisfação para que em cada conto, em cada causo que escrevo, dê aquele ou aquela que lê o gosto de querer mais este, sinta-se grato.
Entretanto, não sabe ele que quando sobre algo estamos estudando, estamos indo mais à frente. Enfim, nos informando sobre alguma coisa que interessa. Estamos sim no curso certo, no caminho exato da nossa amplitude de nossos pensamentos. Porque mais tarde, mesmo depois que formos embora daqui iremos disto precisar. Ou por acaso você crê que por aqui paramos?... Não meu amigo. Não minha amiga tudo isto aqui são apenas contemplações de uma linda paisagem que através de uma janela constantemente vemos e não queremos deixar passar.
                E, por isso saiba que somos passageiro desta jornada que bem nem mesmo sabemos quando então iremos partir, ou por aqui ficar.