Sozinho
Rodolfo tomou o último gole de whisky se despediu dos amigos e saiu. Pensou em passar na casa de uma amiga, mas era realmente tarde, não queria dar motivos para brigas ao chegar em casa.
Enquanto dirigia pensava nas escolhas da vida. Se bem que nem foram as escolhas e sim a falta delas no tempo certo.
Entrou sem fazer barulho. Foi para o quarto, tomou banho e trocou de roupa. Ao passar pelo corredor percebeu que a luz do quarto da esposa ainda estava acesa. Não ousou abrir a porta, apesar de querer conversar, achou melhor não incomodá-la, pois a conversar acabaria em cobranças e acusações, como sempre.
Estava nostálgico. Pensou em sua tremenda solidão. Os amigos não sabiam de sua vida familiar, sequer supunham que, apesar da esposa jovem e bonita, dos filhos saudáveis e do relativo sucesso financeiro, sua vida era uma droga.
Fez muitos sacrifícios em prol da família, mas não era reconhecido, os filhos só se aproximavam quando queriam alguma coisa. Admitia que errou como pai, pois nunca foi presente, sempre trabalhou muito para dar-lhes conforto material, um ledo engano! Resultando em filhos egoístas que não se satisfaziam nunca.
Lembrou -se de Joana, um amor do passado... o que ela estaria fazendo da vida? Como queria poder dizer - lhe que fez escolhas erradas e que sentia saudade. Como a amava, mas foi a pessoa que mais magoou na vida, o remorso o consumia todos os dias. Nunca pôde amar a esposa como merecia, pois seu coração pertencia a outra.
Pensou nos sonhos dos quais abriu mão. Queria tanto conversar, sorrir e amar novamente, mas não tinha forças para mais nada. Apenas deixava o barco seguir...
Quem era a estranha do quarto ao lado? Ela mudou completamente. A garota alegre com quem se casou, tornara - se triste e vivia em terapia para suportar a decepção e solidão do fracasso matrimonial. Com certeza ainda estava com ele pelo bem dos filhos, mesmo se sacrificando. Cada um em sua ilha... rodeados de um oceano de solidão. Ele vivendo de amores furtivos, ela, entretida com suas novelas e sabe se lá mais o quê.
Ligou a televisão, seu sonífero diário.
Ainda sonolento, acordou com o cheiro do café que vinha da cozinha! Era um novo dia. Nada tinha mudado.
Minutos depois a família estava à mesa tomando café, todos felizes, como sempre.
Inspirado no poema de Aldrin. M Felix "Sozinha".
Imagem do Google.
Enquanto dirigia pensava nas escolhas da vida. Se bem que nem foram as escolhas e sim a falta delas no tempo certo.
Entrou sem fazer barulho. Foi para o quarto, tomou banho e trocou de roupa. Ao passar pelo corredor percebeu que a luz do quarto da esposa ainda estava acesa. Não ousou abrir a porta, apesar de querer conversar, achou melhor não incomodá-la, pois a conversar acabaria em cobranças e acusações, como sempre.
Estava nostálgico. Pensou em sua tremenda solidão. Os amigos não sabiam de sua vida familiar, sequer supunham que, apesar da esposa jovem e bonita, dos filhos saudáveis e do relativo sucesso financeiro, sua vida era uma droga.
Fez muitos sacrifícios em prol da família, mas não era reconhecido, os filhos só se aproximavam quando queriam alguma coisa. Admitia que errou como pai, pois nunca foi presente, sempre trabalhou muito para dar-lhes conforto material, um ledo engano! Resultando em filhos egoístas que não se satisfaziam nunca.
Lembrou -se de Joana, um amor do passado... o que ela estaria fazendo da vida? Como queria poder dizer - lhe que fez escolhas erradas e que sentia saudade. Como a amava, mas foi a pessoa que mais magoou na vida, o remorso o consumia todos os dias. Nunca pôde amar a esposa como merecia, pois seu coração pertencia a outra.
Pensou nos sonhos dos quais abriu mão. Queria tanto conversar, sorrir e amar novamente, mas não tinha forças para mais nada. Apenas deixava o barco seguir...
Quem era a estranha do quarto ao lado? Ela mudou completamente. A garota alegre com quem se casou, tornara - se triste e vivia em terapia para suportar a decepção e solidão do fracasso matrimonial. Com certeza ainda estava com ele pelo bem dos filhos, mesmo se sacrificando. Cada um em sua ilha... rodeados de um oceano de solidão. Ele vivendo de amores furtivos, ela, entretida com suas novelas e sabe se lá mais o quê.
Ligou a televisão, seu sonífero diário.
Ainda sonolento, acordou com o cheiro do café que vinha da cozinha! Era um novo dia. Nada tinha mudado.
Minutos depois a família estava à mesa tomando café, todos felizes, como sempre.
Inspirado no poema de Aldrin. M Felix "Sozinha".
Imagem do Google.