B a r t i r a

Na praça principal da cidade havia uma árvore frondosa, talvez a mais bonita da praça. Ela ficava exatamente defronte da casa dos pais de uma garotinha de cinco anos chamada Bartira, ela adorava essa árvore, chamava-a Tia Arvorezinha. Todo dia levava um baldezinho com água e uma pazinha para faz carinho à tia. até conversava com ela.

Mas esse ritual da garotinha foi ameaçado. É que resolveram colocar uns palcos grandes e camarotes na praça para o carnaval e entenderam que a árvore atrapalhava a visão de quem pagaria para ver os desfiles do camarote, atrapalharia a visão do palco. Resultado: resolveram simplesmente abater a árvore, afirmando que depois replantariam outra. Quando a garotinha soube ficou muito triste, inconsolável. Como iria aceitar o argumento que aquilo iria gerar emprego e renda como afirmavam o prefeito e sua curriola? Para a menina a arvore era ser vivo, sua tiazinha. Um velho que gostava muito da menina fez de tudo para demover o prefeito dessa decisão desumana, mas não conseguiu.

E chegou o dia e a hora da execução.A menina na porta quase desesperada. O carrasco chegou com o machado, mas antes da execução a menininha com o seu baldezinho e pazinha pediu para se despedir da árvore, concederam essa despedida. Ela chegou e alisoua árvore, jogou água, limpou em derredor, e disse: "Adeus tia arvorezinha, não fiuue triste porque vcê vai pro céu onde nao se matam as árvores. Sempre me lembrarei de você. E foi embora chorar.

Quem presenciou a execução da árvore afirmou que o carrasco teve muito trabalho e que quando ele dava auma machadada saía da árvore uma seiva pparecida com sangue. O velho arrumou uma árvorezinha numa caqueira, uma dessas japonesas e deu a menina dizendo: - Tome Bartira, esta árvorezinha o prefeito não pode mandar matar. A menina ficou alegre mas nunca esqueceu de Tia Arvorezinha. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 08/08/2019
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