Diário. Domingo 04/05/2019

04 de agosto de 2019.

Um dia nostálgico, diário.

Meu pai chegou de Icaraí indo pra Itapipoca, visitar sua irmandade de fé e congregá em sua igreja.

A ideia era ficar até quarta, mas devido a uma desistência dele de um assunto particular, resolveu viajar pra fortaleza.

No embarque senti uma sensação de que não mais veria meu pai, sabe diário. Aquilo doeu porque ele mora na Bahia há cerca de 34 anos e é bem difícil da gente se ver. Já conta 74 e viajar nessa idade não é fácil.

Tinha de ver minha avó de 95 anos, mãe de minha mãe, que se mudou para cá, motivos do dia 3.

Estava eu muito emocionado, hoje. Ainda lembrando com dores a morte brutal de minha sobrinha e deitei-me a chorar. Também sentia pena de minha avó e a sensação de mais ver o meu pai e um outro tio meu me mandou umas mensagens meio de coação sobre o dinheiro de minha avó.

Estas situações juntas me levaram ao rio lacrimal e mergulhei profundamente no pranto. Pela primeira vez temi um infarto. Amanhã tenho o início de um semestre e não tive nenhuma capacidade de pensar nada sobre como receber meus alunos. Não conversei com meus professores sobre isso. Estava mesmo arrasado.

Fui visitar minha avó, à tardinha e a melancolia melhorou. Havia desabafado com uma amiga, diário. Sim. Havia. Você não estava disponível e não lhe esperei.

À noite minhas esposa insistiu comigo para irmos à igreja, mesmo que fosse outra diferente da que congregamos. Não aceitei, pois estou desestimulado para as coisas da igreja. Sem vocação nenhuma para isso.

Foi assim, amigo diário, o meu dia de hoje.

CARLOS JAIME
Enviado por CARLOS JAIME em 07/08/2019
Código do texto: T6714245
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