Felicidade oculta

Laura garota de 20 anos, bonita e muito interessante, mais uma dessas jovens que se empolgou, envolveu nas aventuras do “grande amor”, chegando a pensar que daria certo, o envolvimento se entrelaçou tanto, não adiantou os apelos da mãe nem as brabezas do pai, sua vida se resumiu em aventuras mirabolantes, resultado, o príncipe antes tão amado e encantado se transformou em sapo e se mandou para outras lagoas, mas a semente foi plantada, germina e nasce um robusto e lindo garoto, Lucas foi o seu nome escolhido a bela antes princesa, transforma em mãe, carregada de afazeres, o mundo já não era mágico, a realidade era feia, não conseguia compreender que uma verdadeira mãe se não é mais uma princesa, é uma rainha, que tirará dos atropelos, insistentes no decorrer daquela existência, que no seu desenvolvimento, percorrerá caminhos pedregosos, difíceis e um longo aprendizado!...

Os anos vão passando numa velocidade incrível, para Laura, que ainda era jovem apesar de já ter passado 4 anos, o menino Lucas, no transcorrer desses anos, permitiu à sua mãe uma verdadeira maratona digna de grandes atletas, pois crescia sadio, e numa vivacidade esplendorosa, influenciado também por essa nossa época de verdadeiro avanço em tudo, a criança, para aquela jovem genitora, parecia um fardo cada vez mais pesado, apesar de não deixar nunca o seu amor natural de mãe e da grande ajuda de seus pais, mas às vezes, vinha a revolta incontrolável, o seu lado negativo parecia comandar o seu ser, seus pensamentos remoíam incontrolavelmente: -- Há, se fosse livre minha vida seria bem melhor! Quantas mulheres felizes, porque não tem fardos para carregar, quantas jovens, gozam do jeito que querem, a minha vida o que restou, nessa infelicidade toda tornar-me-ei cedo numa velha completamente feia, se eu te ofendo meu Deus, mas é o meu puro desabafo!...

Nessas alturas, não se deu conta de que estava caminhando só numa grande praça, nesse seu dia de folga, voltava da escola em que tinha deixado seu filho, o local era amplo, calmo e belo, o arvoredo verde, camuflava a selva de pedra existente ao redor.

Mas Laura se deteve com uma cena que para ela foi inesquecível, observou uma mãe que brincava com o filho, aproximou-se e se deu conta que a moça era tão jovem, quase menina, a criança, um menino, parecia ser da mesma idade do seu Lucas, mas a criança estava num carrinho, porque não andava.-- Seu filho? Pergunta um pouco apreensiva,

-- Sim, já nasceu com esta deficiência, os médicos não acreditam que ele chegue à idade adulta, enquanto ele viver, eu tentarei o possível de faze-lo feliz, se pudesse inverteria as posições: eu seria a deficiente e ele completamente normal, sempre penso assim, mas logo peço perdão a Deus e lhe agradeço, pois Ele sabe o que faz, e jamais podemos questiona-lo,

basta vermos que sempre existe pessoas com problemas piores do que os nossos, não é mesmo?

Laura não conseguiu responder a indagação da jovem mãe, saiu dali completamente transformada, porque ela possuía a felicidade oculta, mas questionou Deus, aquela outra mãe ao invés de lamentar, blasfemar contra o nosso Salvador, deu prova de um amor sem igual.

(Qualquer semelhança é mera coincidência, mas uma coisa é certa, a história sempre se repete!...)