Amou e foi amado!
Manhã muito fria em SANCA... Mais uma vez lá vou eu enfrentar aproximadamente 650 m de caminhada para usufruir da compra de seis pãezinhos pelos quais pago por volta de um real mais barato do que o faria se fizesse essa mesma compra em supermercado mais próximo da minha residência, cujo produto não apresenta a mesma qualidade!
Durante minha caminhada, eis que me chama atenção alguém deitado na calçada oposta daquela que eu caminhava. Num repente atravessei a via e passei próximo ao ‘corpo deitado naquele chão imundo, duro e certamente muito frio! ‘En passant’ observei tratar-se de um ser do sexo masculino aparentando ser ainda jovem e que aparentava, claro dentro das possibilidades daquele leito improvisado, desfrutar de um ‘tranquilo’ sono!
Segui meu caminho e me veio à mente uma vontade de acrescentar mais dois pãezinhos na minha cota, com a finalidade de ofertar ao aparentemente jovem ser que seguia deitado naquela fria calçada!
Rapidamente retornei e observei ao longe que a pessoa deitada naquela fria calçada por lá permanecia e ao aproximar-me um pouco mais notei que havia feito um movimento como se houvesse acordado. Acelerei um pouco mais meus passos e acerquei-me do local percebendo que a pessoa estava com os olhos fechados, porém, aparentando que estava acordada.
Chamei com voz baixa: “Bom dia, jovem!”.
De imediato, o que lá estava deitado olhou-me e eu emendei, estendendo-lhe a sacolinha contendo os dois pãezinhos adicionais adquiridos, emendado: “Eis ai, meu jovem! Dois pãezinhos para minimizar um pouco sua fome quando levantar e ajudar a combater um pouco esse implacável frio dessa manhã!“.
Sem titubear, a pessoa estendeu a mão e enquanto recebia a oferta foi dizendo: “Muito obrigado! Deus lhe pague...“.
Entreguei-lhe a sacolinha, virei-me e segui o meu caminho!
Após ter caminhado alguns metros, com o frio incessante batendo diretamente em meu já frio rosto, senti verterem-me lágrimas incessantes que correram abundantes pelas minhas faces. Um tremendo sentimento de angústia invadiu meu peito enquanto me veio à mente parte da letra adaptada para o evento, de uma antiga canção: Faz de Conta – Gravada pelos irmãos Gian e Giovanni, que intitulei FAZ DE CONTA QUE SOMOS AMIGOS e que teve a seguinte adaptação:
Pra que saber seu nome
Saber do seu passado?
Você é igual a tantos, amou e foi amado
Vamos fingir que já nos conhecemos
Que não existe mais ninguém no mundo
Vamos viver a vida inteira nessa hora
E tentar nos tornarmos amigos num segundo
E não me diga nada do que pensa
Pense depois seja feliz primeiro
Invente um sonho
Porque o mundo de mentira
É mais bonito do que o verdadeiro
E veja em mim só um novo amigo
Quem sabe até um seu renascido ente querido
Eu posso o amigo que quiser
Pra que saber seu nome
Saber do seu passado?
Você é igual a tantos, amou e foi amado
Pra que saber seu nome
Saber do seu passado?
Não me pergunte nada, pode ficar calado
Me dê a mão vamos fazer de conta
Que a felicidade é igual para todos e tudo é fantasia
E que a tristeza está cansada de sofrer
E nesse momento se transformou em alegria
E pode ser que depois desse fortuito encontro
Venham outros e mais outros e quem sabe
Pode ser que a vida faça uma surpresa
E que suas amizades e a nossa talvez nunca se acabem
E não serei mais um desconhecido
Serei um seu amigo preferido
E o que vai ser? O tempo vai dizer
Pra que saber seu nome
Saber do seu passado?
Você é igual a tantos, amou e foi amado
Pra que saber seu nome
Saber do seu passado?
Você é igual a tantos, amou e foi amado