Divagando sobre sua pátria

Sabia que era normal as pessoas pensarem de forma diferente. Fazia parte do show da democracia o debate (o embate) da ideias, as divergências, as posições contrárias. Pensamento único só em regime totalitário ou quase totalitário. Na democracia, divagava o homem, ideia brigava com ideia, sem necessidade de se descambar para a raiva, o rancor e o ódio. Gostava de um verso de uma música de Chico Buarque: "Filha do medo, a raiva é mãe da covardia". Temia que o acirramento dos rancores e a intolerância levsse as pessoas ao caminho da perdição. Um dos seus pesadelos era visualizar o país como um trapezista condenado a executar um salto triplo de cima de um precipício sem nenhuma rede para ampará-lo na queda.

Para ele o maior amor de u homem era o amor telúricoe verdadeiro por sua pátria. Esse amor, para ele, se nivelava ao amor do homem ela família, lembrava o que disse Rui Barbosa, "a pátria é a família amplificada"

Esse homem não gostava de censurar ninguém, detestava bancar o juiz do próximo, apenas emitia suas opiniões e apelos em favor de uma reflexão sobre os deveres de cada um para evitar que o país tomasse o cainho da perdição da intolerância e da supressão da liberdade. Não, não aceitava ver o país à beira de um precipício, sucumbindo devido a intransigência, medidas que gravam exclusão social e a maluiquice da intolerância.

Era, contudo, um homem esperançoso, ara ele a esperança era o sonho do homem acordado. Adorava sua pátria e quando lhe batia o desalento lembrava um verso de uma poesia de B=Vinicius de Morais:

"Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa/ Que brinca em teus cabelos e te alisa/ Pátria minha, e perfuma o teu chão.../ Que vontade de adormecer-me/ Entre teus doces montes, pátria minha/ Atento à fome em tuas entranhas/ E ao batuque em teu coração".

Adormeceu e sonhou com uma pátria livre dos malucos, sberna e igualitária. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 20/07/2019
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