QUANDO O UNIVERSO CONSPIRA A FAVOR DE UM GRANDE AMOR - Parte VII
Parte VII
(Sugiro aos caros leitores, que antes de prosseguir a leitura, leia as partes anteriores - se ainda não o fizeram - para uma melhor compreensão. Obrigado.)
A ansiedade tomava conta de Rodrigo. Por várias vezes durante o mesmo dia, era comum ele conferir junto à uma folhinha que jazia pendurada na parede – àquelas de calendários, comuns da época – a contagem dos dias transcorridos da postagem da sua carta.
Os dias foram se passando, ultrapassando semanas, deixando ele desiludido quanto à resposta da sua carta.
Ela deve receber muitas cartas e nem se apercebeu da minha ou até já deve ter encontrado seu amor – Pensava ele.
Mas ao mesmo tempo, continuava alimentando esperanças de que ela pudesse lhe responder. Mas já se passaram tantos dias que ele já não mais conferia junto ao calendário a cronologia dos dias. Deixou até mesmo de verificar assiduamente sua caixa postal nos correios.
Naquele dia, véspera de feriado prolongado, resolveu averiguar se alguém havia-lhe escrito.
Sua caixa postal ficava localizada na extremidade da parede, dificultando a incidência da luz assim, as correspondências de espessura fina, quase sempre não eram notadas, a não ser em grandes quantidades.
Abriu a caixa postal, olhou de relance e nada. A decepção foi grande, no fundo ele tinha esperança de encontrar. Trancou e se dirigiu á saída.
E assim, como se acreditasse que poderia existir alguma correspondência dela, resolveu voltar e conferir novamente, só que dessa vez enfiou a mão... e havia algo, conferiu o remetente, era a correspondência dela...seu coração disparou...quase saindo pela boca.
Sem se conter de ansiedade, começou a abrir ali mesmo. Suas mãos estavam trêmulas de emoção.
A carta dizia assim:
Caro Menino Romântico,
Sua amável cartinha me trouxe de volta os meus sonhos de amor já algum tempo sepultado.
Espero que esta possa chegar à ti e que tu não tenhas desistido...
Ficarei ansiosa aguardando uma resposta e assim quem sabe, poder viver uma grande amizade e se for da vontade de Deus, até mesmo algo mais.
Um grande abraço.
Ass.:Menina Sonhadora.
Seu coração batia em descompasso, sua alma ficou em festa. Ao sair a rua, o Sol parecia ter um brilho diferente, o Céu mais azul, a vida mais cor de rosa, como se diz.
Rosália por sua vez, não diferente de Rodrigo, ficou à contar os dias para receber resposta.
Agora o brilho da esperança voltou a povoar sua alma e seu semblante ficou mais alegre, coisa que não passou despercebido pela sua família, era notório seu ar jovial de felicidade.
E assim, o contato entre os dois foi se estreitando, cada vez mais ficando “dependentes” das missivas do outro.