Conto das terças-feiras – Noite passada tive um sonho gostoso
Gilberto Carvalho Pereira, Toronto, CA, 16 de abril de 2019
Segundo o dicionário Houaiss3, sonho é o conjunto de imagens, de pensamentos ou de fantasias que se apresenta à mente durante o sono. Para a ciência, é uma experiência de imaginação do inconsciente durante o período de sono, que a psicanálise define como o “espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos” (Wikipédia). Eu sei que o nosso cérebro constrói, durante os sonhos, realidade que é completamente separada do mundo real. Assim, fico com o dicionário Houaiss, que acho mais fácil de entender.
Noite passada tive um sonho bastante agradável, voltei 25 anos em meu passado. Foram imagens claras, como se aquilo que eu estava presenciando fosse realmente verdadeiro, vindo a descobrir irreais quando acordei. O ambiente era o meu local de trabalho, o Centro de Pesquisa da Ceplac, em Belém do Pará. Sala de uma das divisões de trabalho do órgão. Entrei e deparei-me com Ana Abreu e Janete organizando uma festa de aniversário de um dos funcionários, produzindo cartazes em celebração ao convívio e a amizade. Decorando todo o espaço, escolhido para o evento. Havia doces, bolos e outras iguarias regionais, bem como sucos e o famoso açaí, tudo preparado pelos colegas do aniversariante. Minha surpresa ficou por conta da descoberta que os doces de cupuaçu (Theobroma grandiflorum), goiaba, leite e castanha-do-pará (Bertholletia excelsa) foram preparados pela colega Severa, os sucos de taperebá (para os demais estados, cajá), de bacuri, uxi e manga foram preparados pela Irecê.
Na sala estavam reunidos quase todos os colegas de trabalho, principalmente a galera feminina. Lá encontrei o pessoal que trabalhava comigo, Graça Malcher, Severa, Rosângela, Elias e Valdivino. De outras unidades da Ceplac encontrei Rosa Valoir, Rosângela Alves, Olívia, Emília, Ana Duarte, Marly, Sandra, Vitorina, Helena, Inalda, Nazy, Maria Luiza, Nazaré, Petrúcio, Rosalva, Soeiro, Zé Maria Marciano, Camilo, Moisés, Tito, Jefferson, Brasilino, Amaral, Renato e outros mais.
Em dado momento apareceu na porta, mas não entrou, o superintendente Ilton Morais, que estava a caminho de uma reunião. Outros funcionários passavam pelo corredor apressados, pois ainda era horário de expediente. Infelizmente não consegui identificá-los, mas sabia que eram pessoas com as quais convivi por mais de 16 anos. Por vezes apareciam imagens de pessoas que foram colegas em Itabuna, numa demonstração de que as amizades que fazemos em ambientes saudáveis de trabalho, tornam-se para sempre sólidas. São pessoas que participaram de nossa história de vida, trazendo-nos gratificantes lembranças.
Dos que encontrei em meu sonho alguns já se foram para a eternidade, mesmo assim eles estavam lá, sorridentes, brindando com o aniversariante. Para alguns especialistas, os sonhos são manifestações visuais inconscientes de informações e memórias que já estão em nossas cabeças, fazendo-se realidade, embora não passem de ilusões, confusão do falso com o verdadeiro.
Nessa noite tive um sono tranquilo, vindo a acordar leve e feliz, pois revi, quase que na realidade, como um filme, uma pequena parte de minha história de vida. Despertei com uma maior vontade viver.