Nada como o cantinho da gente
O Facebook me trouxe de lembrança o texto de janeiro de 2017, em que relatei nossa experiência de férias com a sobrinha- neta, Maria Eduarda (Duda, para os íntimos). Casualmente, no mesmo dia de janeiro deste ani de 2019 levamos Duda de volta pra casa, depois de passar 20 dias conosco.
Alterações na experiência em termos uma quase adolescentes de dez anos em casa novamente? Claro que sim. Imagina um casal de “idosos aposentados”, que só lidam com seus gatinhos meigos e sua cadelinha carente, com uma carga enérgica de 65 e 63kv receber uma criaturinha com uma carga energética de 280kv, quase 24 horas do dia.
A primeira etapa da convivência foi em Águas Claras, teve brincadeiras na piscina, muitas jogadas de general, dominó, cartas e cara-a-cara, tudo com o “amiguinho” da rodada (tio Zeca). Pra mim sobrou servir os quitutes nos horários e fazer o passeio básico ao shopping, com direito a almoço, sorvete e cinema.
A segunda etapa da carga energética ficou pra praia da Vila Nova-Imbituba- SC. Quem sabe o mar daria uma baixada na eletricidade... quase que deu certo, mas eis que veio a saudade de casa e os suspiros começaram a aparecer, os olhos ficaram meio baixos, os refrãos nas conversas passaram a ser: a mãe Juliana, a Esther e a Vó Maria Bernadete; os dias que faltavam pra voltar pra casa passaram a ser diminuídos todas as manhãs e deu até problema estomacal na nossa Duda.
Precisava falar: - Duda, se quiseres voltar pra casa, a gente te leva, não precisas ficar sofrendo com saudade. Não precisou repetir a fala, a resposta veio como uma descarga elétrica – “eu quero”. Então a gente te leva amanhã. Pensa numa criatura feliz? Pensa na Duda!
Mas para nossa visitante, a volta não poderia ser simplesmente uma volta, ela queria impactar, queria passar pra mãe, maninha e vó toda felicidade que estava sentindo em voltar para o seu lar. Queria chegar de surpresa, fazer “uhhh” ver a reação de sua galera ao vê-la. Foi preciso esclarecer que a vó precisava saber, afinal ela é quem estaria em casa pra nos receber.
Passamos o dia anterior e toda a viagem de ida com a Duda montando a estratégia da surpresa pra mãe e a mana Esther. Do esconderijo ao jeito como iria aparecer. A vó foi grande parceira, guardou o sigilo e fiquei sabendo que tudo correu como o planejado pela nossa estrategista, apesar do susto que a mãe levou.
Mais um reforço dos aprendizados da vida, nada como o cantinho da gente, junto com quem a gente mais ama. E sonhar, sempre sonhar!
Valeu a companhia, Dudinka Feliz (nome que ela deu ao nosso grupo de watsap). Até as próximas férias, quem sabe?!