A imersão
Aos menos atentos talvez não percebam que estamos imersos num universo de variáveis que nos impõem algum tipo de decisão e, desta forma, elas são responsáveis pela movimentação de nossas vidas. O que chamamos de problemas, algumas vezes, são desafios que diante de uma situação imprevisível deveríamos escolher um caminho. Mas podemos, também, não fazer nada e nada se modificará. É a opção da estagnação voluntária. Para alguns a luta é pela sobrevivência fisiológica decorrente de variáveis mais básicas, não menos importantes, pois estão ligadas à vida.
O outro lado da moeda nos mostra o quanto somos vulneráveis às questões de saúde. Uma estreita relação de uma equação, onde o tipo de variável pode estabelecer a não linearidade das próximas horas: pode ser o fim de tudo. As possibilidades se fixam num universo infinito de possibilidade. Não temos nenhum controle efetivo do que vai acontecer nas próximas horas. Um vetor sem ter optado em conduzir o vírus da dengue tipo dois foi responsável pela morte do indivíduo B e o levou a óbito. Alguns chamariam de fatalidade. A matemática trataria sem qualquer sentimento como apenas um caso estatístico. Na equação, uma variável com efeitos danosos.
Brigamos todos os dias para permanecer vivos. As pessoas no ímpeto de encontrar a fórmula mágica para permanecerem vivas convivem com milhares de informações e bolam suas próprias receitas. Tudo, num primeiro momento resolvem tudo e não resolvem nada. Entramos na guerra das soluções alternativas e as variáveis se multiplicam por mil. As opções se tornam infinitas. Os conflitos e as dúvidas crescem na mesma proporção. Quando superamos o básico definido pela sobrevivência fisiológica, trancamos na dúvida de estágios mais evoluídos. Entramos no conflito da informação e do conhecimento.
O outro dia começou. A rotina não te dá opções. Violentá-la pode ser a grande saída para uma vida nova, mas que tem coragem de arriscar a conviver com uma nova estrada que ainda não conhece?