Foi a fórceps: Nina!
Nina nasceu à fórceps. Parecia não querer vir ao mundo. Sua mãe se encheu de traumas, afinal não imaginava o quão doloroso colocar pra fora um ser tão amado e gerido para manter a descendência. Nina foi rejeitada. Num lar cheio de desavenças, Nina foi crescendo em meio à violência sendo cuspida diariamente em forma de palavras soltas jogadas ao vento. Nina sempre acreditou ser um monstro. Nas relações diárias fazia de questão de sê-lo. E o fazia com consciência. Escondia as coisas da casa e acusava as ajudantes de roubá-las, coitada, pensava que a sua vingança devolveria a infância roubada. Sua mãe agora era controlada por algumas pílulas coloridas. Nina olhava para aquelas "balinhas" e as desejava, afinal sua mãe ficava bem, tipo fora do ar, e era disto que Nina precisava. A mãe de Nina se sentia insegura, não conseguia sair da "sua caixinha", era dependente ao extremo, chorava compulsivamente a procura de alguém que a salvasse. Fez promessa, imprimiu santos e distribuiu, leu Allan Kardec e escreveu todas as frases de "O Segredo" pela casa. Mas a vida continuava ali, acamada. Nina crescia e se fortalecia em dores. Agora Nina era uma delinquente em potencial, e nem um beijo ganharia. Fugiu da escola, de casa, da vida. Saiu pela rua perambulando até encontrar a sua casa e se sentir segura: não fugia de casa, mas de si. Nina decidiu fazer companhia pra mãe que não conseguia se assentar em nada. Perdeu tudo e na loucura de perder a vida bateu em Nina. Nina agora tinha marcas no corpo, pelo corpo, do corpo. Nina conheceu alguns amigos. Viu que eles sorriam com facilidade. Descobriu que eram livres. Bebiam, fumavam, viviam, Nina foi viver esta vida feliz e na primeira tragada o descanso. E assim fazia diariamente. Deixou de gostar da escola, não a completava, era pouco demais para fazê-la feliz. Fez-se ignorante... De tudo, do mundo. Se uniu àqueles que no exterior era luto, mas por dentro um vazio, eterno... E na fuga da fuga Nina passou 36 horas no ar. vendo o vento, o tempo, a vida... Passar! Nina ainda está aí, sem rumo. Não se aceita, não aceita o mundo. Mas tudo é circunstância e ela sabe disso. Agora busca um amor. Já está no terceiro ou quarto pretendente, mas não consegue. Ainda não descobriu que antes, contudo, é preciso se amar... E Nina não "madurou"...
PS. Nina está aí entre nós e pediu para escrever a sua história...
Nina nasceu à fórceps. Parecia não querer vir ao mundo. Sua mãe se encheu de traumas, afinal não imaginava o quão doloroso colocar pra fora um ser tão amado e gerido para manter a descendência. Nina foi rejeitada. Num lar cheio de desavenças, Nina foi crescendo em meio à violência sendo cuspida diariamente em forma de palavras soltas jogadas ao vento. Nina sempre acreditou ser um monstro. Nas relações diárias fazia de questão de sê-lo. E o fazia com consciência. Escondia as coisas da casa e acusava as ajudantes de roubá-las, coitada, pensava que a sua vingança devolveria a infância roubada. Sua mãe agora era controlada por algumas pílulas coloridas. Nina olhava para aquelas "balinhas" e as desejava, afinal sua mãe ficava bem, tipo fora do ar, e era disto que Nina precisava. A mãe de Nina se sentia insegura, não conseguia sair da "sua caixinha", era dependente ao extremo, chorava compulsivamente a procura de alguém que a salvasse. Fez promessa, imprimiu santos e distribuiu, leu Allan Kardec e escreveu todas as frases de "O Segredo" pela casa. Mas a vida continuava ali, acamada. Nina crescia e se fortalecia em dores. Agora Nina era uma delinquente em potencial, e nem um beijo ganharia. Fugiu da escola, de casa, da vida. Saiu pela rua perambulando até encontrar a sua casa e se sentir segura: não fugia de casa, mas de si. Nina decidiu fazer companhia pra mãe que não conseguia se assentar em nada. Perdeu tudo e na loucura de perder a vida bateu em Nina. Nina agora tinha marcas no corpo, pelo corpo, do corpo. Nina conheceu alguns amigos. Viu que eles sorriam com facilidade. Descobriu que eram livres. Bebiam, fumavam, viviam, Nina foi viver esta vida feliz e na primeira tragada o descanso. E assim fazia diariamente. Deixou de gostar da escola, não a completava, era pouco demais para fazê-la feliz. Fez-se ignorante... De tudo, do mundo. Se uniu àqueles que no exterior era luto, mas por dentro um vazio, eterno... E na fuga da fuga Nina passou 36 horas no ar. vendo o vento, o tempo, a vida... Passar! Nina ainda está aí, sem rumo. Não se aceita, não aceita o mundo. Mas tudo é circunstância e ela sabe disso. Agora busca um amor. Já está no terceiro ou quarto pretendente, mas não consegue. Ainda não descobriu que antes, contudo, é preciso se amar... E Nina não "madurou"...
PS. Nina está aí entre nós e pediu para escrever a sua história...