Cecília era uma senhora de idade avançada que aguardava atendimento médico. As suas queixas eram fortes dores e seria submetida há um exame. Para o exame era necessário um preparo e a enfermeira a chamou:
- Dona Cecília é a sua vez.
Ela estava ali desde 12:30 min em jejum e já eram 16h. Com frio que se instalava naquela tarde (14 graus) estava encapotada e reclamando do tempo.
O preparo a que fora submetida era bastante delicado, mas suportou com paciência e logo após foi colocada numa cadeira para acesso ao local do exame. Dona Cecília estava trêmula, afinal somente uma camisola hospitalar a cobria, e estava no corredor onde estava também a maioria dos próximos pacientes. Cada um que ali estava sentiu a dor de dona Cecília que estava com. A pele arroxeada e tremia compulsoriamente, menos a enfermeira que a trazia na cadeira pelas mãos, até que:
- Moça, ela está com frio, o exame vai demorar, não poderia dar-lhe um cobertor?
- O nosso protocolo é atender apenas aqueles que solicitam o referido instrumento.
- Mas moça, ela está em condições precárias, com dor, sem acompanhamento e qualquer um consegue perceber o que ela está sentindo. Imagine que pegue uma pneumonia? Quem vai arcar com isso?
- Minha senhora, como já disse, não cabe a mim empurrar um cobertor num paciente, apenas atendê -lo quando pede e ela não pediu.
Dona Cecília continuava tremendo, triste, silenciosa até que:
- Moça o protocolo é pedir? Então ok. Eu peço, por gentileza, que coloque um cobertor na minha mãe, já chega.
A moça saiu pegou o cobertor e colocou sobre a paciente e logo depois saiu. Dona Cecília com os olhos cheios de lágrimas olhou para a pessoa que por ela intercedeu e disse:
- Obrigada, moça. Deus lhe pague. Este pessoal da saúde trata a gente como se fosse bicho. Já estou tão acostumada com as agressões que nem ouso reclamar. E todos os dias eu rezo uma ave-maria para que a mãe destas enfermeiras não passem por isso. O que falta no mundo é sensibilidade, minha filha. E isto dói na gente. Hoje foi frio, mas já foi fome, já foi água, já foi dor. Tudo num dia só, acredita?
- Dona Cecília é a sua vez.
Ela estava ali desde 12:30 min em jejum e já eram 16h. Com frio que se instalava naquela tarde (14 graus) estava encapotada e reclamando do tempo.
O preparo a que fora submetida era bastante delicado, mas suportou com paciência e logo após foi colocada numa cadeira para acesso ao local do exame. Dona Cecília estava trêmula, afinal somente uma camisola hospitalar a cobria, e estava no corredor onde estava também a maioria dos próximos pacientes. Cada um que ali estava sentiu a dor de dona Cecília que estava com. A pele arroxeada e tremia compulsoriamente, menos a enfermeira que a trazia na cadeira pelas mãos, até que:
- Moça, ela está com frio, o exame vai demorar, não poderia dar-lhe um cobertor?
- O nosso protocolo é atender apenas aqueles que solicitam o referido instrumento.
- Mas moça, ela está em condições precárias, com dor, sem acompanhamento e qualquer um consegue perceber o que ela está sentindo. Imagine que pegue uma pneumonia? Quem vai arcar com isso?
- Minha senhora, como já disse, não cabe a mim empurrar um cobertor num paciente, apenas atendê -lo quando pede e ela não pediu.
Dona Cecília continuava tremendo, triste, silenciosa até que:
- Moça o protocolo é pedir? Então ok. Eu peço, por gentileza, que coloque um cobertor na minha mãe, já chega.
A moça saiu pegou o cobertor e colocou sobre a paciente e logo depois saiu. Dona Cecília com os olhos cheios de lágrimas olhou para a pessoa que por ela intercedeu e disse:
- Obrigada, moça. Deus lhe pague. Este pessoal da saúde trata a gente como se fosse bicho. Já estou tão acostumada com as agressões que nem ouso reclamar. E todos os dias eu rezo uma ave-maria para que a mãe destas enfermeiras não passem por isso. O que falta no mundo é sensibilidade, minha filha. E isto dói na gente. Hoje foi frio, mas já foi fome, já foi água, já foi dor. Tudo num dia só, acredita?