Uma vida em vida
Tenho algumas dificuldades, evitarei expor todas mas se você que lê atentar ao longo das minhas publicações, certamente vai conhecer várias. Mas uma se destaca; memória.
Tenho dificuldade em conseguir alinhar um histórico vivido, só fragmentos.
Vou falar sobre um deles; tinha talvez 11 ou 12 anos, eu e meus amigos Celso, Edson, Claudinho, Paulo Índio, em épocas juninas, costumávamos ficar durante quase toda a noite em um “campinho de futebol”, à beira de uma fogueira (Gilberto Gil tem uma canção “Não chore mais” cabe inteirinha em nossa aventura) que havia nas proximidades de nossas casas esperando pegar balões que singravam os céus.
Houve tempo de vermos centenas deles e buscarmos muitos, subindo em muros, telhados, enfrentando cachorros, proprietários enfurecidos, éramos malucos em busca de balões....
E quando eles rumavam para o brejinho?? Brejinho era uma área de alagamento que ficava as margens dos trilhos de trem* (*quantas histórias temos aqui....) E pensa que nos preocupávamos com o molhar de roupas ou afundamentos em lama? Esqueça, o balão tinha que ser nosso. E acabava sendo.
Nós éramos os moleques mais atrevidos que se conhecia naquele bairro.