Maria aprendeu a dançar na chuva
Maria sempre esboçou um radiante sorriso no rosto, encarou muitas vezes a vida como se estivesse atravessando as ondas de um mar de rosas. É cívico ser otimista, é bom enxergar positivamente o positivo lado da vida. Mas a vida veio e mostrou-a outra face: os desafios. Os desafios vieram confrontar uma menina de natureza sensível. E agora, como seria? Maria precisou se reinventar, pois conforme a mesma sabia, se ela não estivesse pronta para isso, a vida com o seu trem a apressaria de alguma forma. E então ela foi em frente, e se aprofundou e explorou incansavelmente a mulher menina e meiga que vinha recebendo desafios em vez de orquídeas no momento, disposta a encontrar o algo a mais. Ela fez uma longa viagem em si mesma, e descobriu que dentro da menina serena, surgia uma mulher forte, destemida e que seria capaz de dançar na chuva. Não que isto ofuscasse a sua essência suave, ela sempre compreendeu o quanto seria importante não deixar de carregar a menina consigo, e nem lhe era permitido deixar para trás a menina que sempre fostes, pois a menina estava impregnada em alma e essência. Porém, estava mais que na hora de dar mais espaço ao muro de fortaleza e resistência que ela tinha encontrado dentro de si, que estava por entre a doçura. Maria inspirou outras Marias. Maria aprendeu e ensinou que dançar na chuva não é apenas sobre aprender a ser forte em momentos que a vida exige-lhe resistência, mas também que dançar na chuva é aprendizado, é se renovar, se redescobrir, se lapidar.