Vigarista.
Vigarista.
Lembrei dos tempos que a minha avó me levava para brincar na Praça Tamandaré e me comprava “CANDI”; é uma bala dura que vendem na cidade do Rio Grande. Fui até a praça, praça grande e bonita no centro da cidade.
A barra multicolorida do candi, eu escolhi o pedaço, o vendedor cortou com a machadinha e depois fez pedaços pequenos. Sentei num banco e fiquei despreocupado. O sujeito se aproximou com jeito de matuto e um bilhete de loteria na mão. Não! Em 2018 o velho e manjado “Conto do Bilhete Premiado”, chegou:
-Bom dia seu, eu não conheço a cidade e to com um problema... Esse bilhete tá premiado...
-Sei. O senhor quer vender o bilhete?
-Vender! É, até vendo e faço um desconto...
Não estava afim de dar conversa e já fui dizendo:
-Está premiado, o senhor vai ali na agência e troca...
-Eu não conheço a cidade...
-Eu mostro para o senhor onde é a agência...
Ele vacilou e coisa e tal, mas concordou e eu levei ele até a agência. Entrei junto para ver a reação dele. Ele mostrou o bilhete de loteria para a moça da recepção, ela sorriu e confirmou:
-É verdade o seu bilhete está premiado...