QUANDO O UNIVERSO CONSPIRA A FAVOR DE UM GRANDE AMOR - Parte II
Parte II
(Sugiro aos caros leitores, que antes de prosseguir a leitura, leia a parte I - se ainda não o fizeram - para uma melhor compreensão. Obrigado)
Por alguns pares de meses, Rodrigo continuou acabrunhado, tal qual quando se perde o gosto pela vida.
A nova cidade que agora serviria de morada para Rosália era bastante diferente, o povo não tinha o mesmo calor daquela onde deixou o seu amigo. As crianças viviam de certa forma, enclausuradas em suas residências, sem àquela liberdade de se enturmar e brincar pela vizinhança, coisa que lhe causou muita estranheza.
Mas como diz o ditado: vida que segue...
O que estava feito, estava feito, não haveria outro jeito, teria que ser assim, era a nova realidade para eles.
Como muitos arriscam em dizer: o tempo é o melhor remédio. Cada um procurou se “adaptar” da melhor maneira diante da nova etapa da vida.
Ele, além das doces lembranças, guardou bem o nome da cidade para onde ela iria: São Caetano do Sul; ela, guardou na memória às doces lembranças dos dias felizes, vividos naquela cidade provinciana do interior mineiro.
E assim, a vida seguiu seu curso normal para eles. Os dias foram se passando e eles, passando também pelas etapas da vida. Logo veio a puberdade e a adolescência não demorou a chegar e com ela, os namoricos.
Os anos se passaram...
A vida foi graciosa com eles. Ambos se transformaram em dois lindos jovens, que por onde passavam despertavam atenção, além da simpatia eram sempre muito queridos.
Mesmo sem ter mais notícias do outro, eles traziam guardadas em seus âmagos, as doces lembranças... Nunca deixaram de pensar no outro.
Vieram as paqueras, os namoricos e até mesmo os namores mais sérios, mas nenhum dos dois conseguiu engatar algo mais duradouro.
A família dela, dada a profissão do pai, teve que habitar em várias cidades, coisa que ela acabou por se acostumar em não ficar apegando muito às amizades.
Ele também por força dos estudos se mudou de cidade para ingressar na faculdade.
Ela se fez descobrir que era uma menina romântica, sonhadora e como tal para a época, era comum ficar folheando as revistas femininas que circulavam mensalmente, onde traziam notícias do mundo artístico, contemplando sempre reportagens e fotos de artistas, entre eles cantores(as) e artistas do mundo da televisão e do cinema.
Dentre essas revistas, as duas mais procuradas eram a Capricho e a Sétimo Céu, que traziam também, as fotonovelas atraindo o público feminino , dado o seu romantismo.
Era muito comum também, existir nesse tipo de revista, uma página denominada de “cantinho sentimental” ou “Correio Sentimental”, onde existia nomes e endereços de pessoas à procura de um amor. A pessoa interessada – homem ou mulher – escrevia para a revista e esta, publicava gratuitamente já que, essa página da revista era mais um atrativo para sua procura e consequentemente, o aumento das vendas.
(continua...)