O Senhor Bugalho, e Cia 2
Sentada sobre a pedra, de saia e blusa em meio a caída d`água, sentindo o impacto na pele da cascata. Nem o lodo, o medo de bicho impedia de estar. A leveza do corpo depois era a paga, pisar na areia as margens trazia a realidade de volta. O peso de ter que ir embora.
A manga comum, os fiapos ficavam por entre os dentes, e o papo amarelo ao final, era o sinal do enfastiar, a vontade satisfeita. Comia-se meia dúzia delas com casca e tudo. Restando os caroços, peladinhos! Sem a sobra para o passarinho.
Meninada era sem noção, do rabo de fogo à galinha morta, brincavam com o perigo.
Betes, vôlei e queimada. Descalços, a geração última despedia de uma fase; a rua era a extensão da casa, a sarjeta para sentar e jogar bolinhas de gude, e a calçada, que acolhia gente grande e pequena nos finais de tarde e noite de verão para um bom papo.
Jabuticabeira sendo depenada, colhiam uma, dependurados nos galhos finos, caia um montão delas no solo, quarado das frutinhas pretas. Festa para os passarinhos.
O grito de guerra no jogo de vôlei na quadra, na aula vaga, Sol escaldante não impedia a festa, as brigas e as razões era a pimenta que dava o tempero.
Colecionar figurinhas, papel de carta. Marca moranguinho, característico! Mimoso! Cheiroso! O da Ambrosiana, era grosso, de um acabamento mais qualificado, digno do mais caro. O esforço era maior para compra.
Difícil sair da cama cedo, mês de junho, frio extremo. Tinha que ir, por a cara na porta.
Como correram as crianças da década de setenta, oitenta...noventa! Pique esconde, amarelinho, pula corda, bicicleta , carrinho de rolimã.
Fica a lembrança, junto, o que se moldou, esta gana para a vida. Querer gratuito de continuar! Continuar! Continuar!
Apesar de....