Em férias
Era bem cedo, o sol ainda espiava o dia por trás da serra e ele já havia posto as bagagens no porta-malas. As meninas, embora sonolentas, já davam risinhos pela sala ensaiando as canções para a viagem. A mulher zelosa preparou uns pequenos sanduíches para comerem no caminho. Tudo pronto e o velho Calhambeque, como era carinhosamente chamado pelo dono, saiu com seu motor barulhento acordando a vizinhança.
A descida da serra era sempre uma alegria: Hinos de louvor, canções que as crianças aprendiam na escola, historinhas infantis, algumas xaradas e piadas manjadas daquele querido pai. "As férias começam a partir do portão da garagem", a mãe dizia-lhes mostrando os animais nos pastos enquanto oferecia-lhes uns pãezinhos com um rico recheio que todos adoravam. Depois seguiam em silêncio entrecortado de um assunto qualquer que ela ventilava com receio que ele também dormisse, bem alí ao volante.
A harmonia do momento era quebrada quando passavam pela placa gigante de boas vindas da cidade praieira. A algazarra das meninas e o entusiasmo dos pais eram dignos de uma festa como a que o povo brincava o carnaval.
A alegria daquela semana, quando eles se permitiam felizes, pisando a areia quente e bebendo a água salgada, era de deixar qualquer um, alheio à um momento tão especial em família, sem entender patavina!
Trabalhosos castelinhos de areia que duravam poucos instantes; ficar enterrado por quase dez minutos sob o sol causticante e até as pernas raladas pelos caldos nos momentos de distração; nada disso era motivo de indignação. Era tudo uma grande farra.
Passada a semana, a viagem de volta já era diferente. As crianças dormiam mal acomodadas até entrarem em casa, a mãe lembrava uns casos de família para evitar o sono do motorista e, nem a parada para o pão com linguiça faziam, exaustos que estavam do período de descanso semestral... As merecidas férias julhinas!
Era bem cedo, o sol ainda espiava o dia por trás da serra e ele já havia posto as bagagens no porta-malas. As meninas, embora sonolentas, já davam risinhos pela sala ensaiando as canções para a viagem. A mulher zelosa preparou uns pequenos sanduíches para comerem no caminho. Tudo pronto e o velho Calhambeque, como era carinhosamente chamado pelo dono, saiu com seu motor barulhento acordando a vizinhança.
A descida da serra era sempre uma alegria: Hinos de louvor, canções que as crianças aprendiam na escola, historinhas infantis, algumas xaradas e piadas manjadas daquele querido pai. "As férias começam a partir do portão da garagem", a mãe dizia-lhes mostrando os animais nos pastos enquanto oferecia-lhes uns pãezinhos com um rico recheio que todos adoravam. Depois seguiam em silêncio entrecortado de um assunto qualquer que ela ventilava com receio que ele também dormisse, bem alí ao volante.
A harmonia do momento era quebrada quando passavam pela placa gigante de boas vindas da cidade praieira. A algazarra das meninas e o entusiasmo dos pais eram dignos de uma festa como a que o povo brincava o carnaval.
A alegria daquela semana, quando eles se permitiam felizes, pisando a areia quente e bebendo a água salgada, era de deixar qualquer um, alheio à um momento tão especial em família, sem entender patavina!
Trabalhosos castelinhos de areia que duravam poucos instantes; ficar enterrado por quase dez minutos sob o sol causticante e até as pernas raladas pelos caldos nos momentos de distração; nada disso era motivo de indignação. Era tudo uma grande farra.
Passada a semana, a viagem de volta já era diferente. As crianças dormiam mal acomodadas até entrarem em casa, a mãe lembrava uns casos de família para evitar o sono do motorista e, nem a parada para o pão com linguiça faziam, exaustos que estavam do período de descanso semestral... As merecidas férias julhinas!