Tatá na Jaguaribe 13 (FIM)

Tatá e Anunciata, depois de pagarem as taxas, atendendo às formalidades administrativas para retirada do veículo do estacionamento do Departamento de Trânsito, saíram do local com o carro.

Sr. Benito foi apresentando melhoras, ficando alguns dias no Centro Intensivo em observação.

Na terça feira, chega Tatá e Anunciata ao Hospital para ver o avô um pouco aliviadas. Após transtornos para o acesso, estacionam o carro no estacionamento privativo, na área interna.

Saíram confiantes da visita, o avô comia, conversava, perguntava daquilo que deixou fora, compromissos e afazeres de que gostava.

Depois da ida da esposa e netas na visita fora do horário, Sr. Benito perdeu peso, mais de dez quilos, os pés e o abdome voltaram ao normal. Estava no outro dia sem a aparência de inchado.

Quase uma semana depois dos primeiros sinais de melhora, a enfermeira aproxima do leito, informa ao paciente que o acesso para a Hemodiálise iria ser retirado do pescoço. Que as medicações estavam sendo bem acertadas para deixá-lo no conservador da doença.

Os rins, apesar de estarem comprometidos, aproximadamente 15% deles com vitalidade, reagiam positivamente nas medicações.

Dali algumas horas, Tatá recebe o telefonema do avô:

__Minha neta, recebi alta. Peço que me tragam camisa, calça, cinto, sapato e meia para vestir.

O contentamento foi geral. Vovô novamente em ação. Não saia do quarto sem a roupa social.

Quase uma semana depois, estava Benito na vida rotineira deste mundo, numa nova fase de vida.

Em tratamento ambulatorial, era assistido pela equipe da cardio e da nefro no tratamento das doenças crônicas de que portava. Estudariam o implante do cateter peritonial para eventual Diálise Domiciliar.

A qualidade de vida dependeria do alto e de baixo, da Providência Divina, da fé e da ciência médica, e do próprio paciente, que poderiam contribuir, no conjunto, na manutenção do Sr. Benito em vida, para a realização da vida de que tanto gostava, e para a família e amigos, que ganhariam com a presença dele.

Tatá seguiria, conheceria o que estava reservado a ela para realizar e viver no instante dos dias, certa de que a arma para executar seu estado de protagonista na existência, junto aos demais , era o estado alerta interno permanente da certeza subjetiva de que não estava só.

Era certa que estava monitorada, assistida pela Hierarquia de Luz, cedendo-lhe força, vida, alegria, esperança e renovo para o estar no propósito, que é ir até o fim, e lá, ter a chance de ser aceita pela Fonte Imorredoura no retorno, e poder ser autorizada um dia na eternidade, conhecer instância melhores para o estar da Alma.

Em justiça, fraternidade e amor.

Fim

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 13/12/2018
Código do texto: T6525840
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